São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

País recebe bem turistas, mas hotéis são pré-revolução

DO ENVIADO ESPECIAL A TEERÃ

Ao chegar no Aeroporto Internacional Imam Khomeini, em Teerã, ontem, os turistas eram surpreendidos por uma comissão de boas-vindas.
Cada visitante que chegava à capital iraniana no dia em que era festejado o aniversário da revolução capitaneada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini (1900-1989), que dá o nome ao aeroporto, recebia uma sacolinha com cachecol com as cores da bandeira do Irã (verde, vermelho e branco) e um porta-retratos.
"Para celebrar com você o aniversário da Revolução [Islâmica]", diziam as sorridentes recepcionistas, cobertas com o obrigatório lenço na cabeça.

Prêmios
O Irã foi um dos países mais fechados ao turismo internacional nos últimos 30 anos, desde a ascensão do regime islâmico.
Contando com o patrimônio do império persa em cidades como Isfahan, Shiraz e Persépolis, o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad prometeu, no ano passado, prêmios em dinheiro para as agências de viagens que conseguissem levar turistas europeus ao país.
O turismo é uma esperança de arrecadação do regime, excessivamente dependente da renda do petróleo (que responde por 70% da arrecadação), cujos preços estão em queda desde a explosão da crise econômica mundial, no ano passado.
O índice oficial de desemprego é hoje de 12%, mas está em alta - imagina-se que o número real seja bem maior.
Não que o turismo seja fácil - os hotéis ainda são os mesmos que já existiam antes da revolução. A arquitetura e a decoração dos anos 70 sobrevivem a duras penas. Só os nomes mudaram. Sheraton, Hilton ou InterContinental são chamados hoje Homa, Esteghlal e Laleh. (RJL)


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Abertura do governo Obama a Teerã pode complicar as relações com Israel
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.