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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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CHINA

Objetivo é evitar a corrupção

Parlamento aprova reforma ministerial

DA ASSOCIATED PRESS

O Parlamento chinês aprovou ontem uma ampla reforma do sistema ministerial para reduzi-lo e promover a regulamentação de sistemas financeiros, com o objetivo de evitar a corrupção conforme os mercados do país se abrem.
As mudanças tornam o sistema chinês mais próximo do modelo americano e de outros países ocidentais. O Congresso do Povo aprovou a proposta em Pequim por 2.699 votos a 88.
Entre as principais mudanças, estão a renomeação e a reorganização da Comissão de Planejamento do Desenvolvimento do Estado, a agência que era responsável pelos tradicionais planos quinquenais do Partido Comunista -agora chamada de Comissão de Desenvolvimento e Reforma do Estado-, e a criação de um Ministério do Comércio, conforme exige a OMC (Organização Mundial do Comércio).
A reforma também cria, pela primeira vez, uma agência única para supervisionar a atividade dos bancos, que estão lidando com mais investimentos estrangeiros do que nunca.
Foi criado ainda um Departamento de Alimentos e Remédios para supervisionar as indústrias farmacêutica e de alimentos.
O Congresso Nacional do Povo se reúne até o próximo dia 18 e deve ainda instalar oficialmente o sucessor do presidente Jiang Zemin e nomear outros líderes.
A Presidência deve ir para o vice-presidente Hu Jintao, que sucedeu Jiang como secretário-geral do PC em novembro.

Despedida
Li Peng, que está deixando o cargo de presidente do Congresso, expressou confiança no futuro. "Lembrando do passado, temos um grande orgulho de nossa prosperidade diária. Olhamos para o futuro de nossa pátria com confiança integral."
A fala foi o discurso final de Li, que deixou o Politburo do PC em novembro. Li ganhou o apelido de "o açougueiro de Pequim" após a morte de centenas, talvez milhares, de pessoas em 1989, quando era premiê, durante a repressão aos protestos pró-democracia na praça Tiananmen.


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