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CHINA
Objetivo é evitar a corrupção
Parlamento aprova reforma ministerial
DA ASSOCIATED PRESS
O Parlamento chinês aprovou
ontem uma ampla reforma do sistema ministerial para reduzi-lo e
promover a regulamentação de
sistemas financeiros, com o objetivo de evitar a corrupção conforme os mercados do país se abrem.
As mudanças tornam o sistema
chinês mais próximo do modelo
americano e de outros países ocidentais. O Congresso do Povo
aprovou a proposta em Pequim
por 2.699 votos a 88.
Entre as principais mudanças,
estão a renomeação e a reorganização da Comissão de Planejamento do Desenvolvimento do
Estado, a agência que era responsável pelos tradicionais planos
quinquenais do Partido Comunista -agora chamada de Comissão de Desenvolvimento e Reforma do Estado-, e a criação de
um Ministério do Comércio, conforme exige a OMC (Organização
Mundial do Comércio).
A reforma também cria, pela
primeira vez, uma agência única
para supervisionar a atividade
dos bancos, que estão lidando
com mais investimentos estrangeiros do que nunca.
Foi criado ainda um Departamento de Alimentos e Remédios
para supervisionar as indústrias
farmacêutica e de alimentos.
O Congresso Nacional do Povo
se reúne até o próximo dia 18 e deve ainda instalar oficialmente o
sucessor do presidente Jiang Zemin e nomear outros líderes.
A Presidência deve ir para o vice-presidente Hu Jintao, que sucedeu Jiang como secretário-geral
do PC em novembro.
Despedida
Li Peng, que está deixando o
cargo de presidente do Congresso, expressou confiança no futuro. "Lembrando do passado, temos um grande orgulho de nossa
prosperidade diária. Olhamos para o futuro de nossa pátria com
confiança integral."
A fala foi o discurso final de Li,
que deixou o Politburo do PC em
novembro. Li ganhou o apelido
de "o açougueiro de Pequim"
após a morte de centenas, talvez
milhares, de pessoas em 1989,
quando era premiê, durante a repressão aos protestos pró-democracia na praça Tiananmen.
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