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Piratas somalis exigem salvo-conduto dos EUA
EUA cercam barco com refém, que tentou escapar a nado; resgate militar de veleiro francês termina em morte
DA REDAÇÃO
Acossados, os quatro piratas
somalis que mantêm refém o
americano Richard Phillips, capitão da Marinha Mercante,
exigem um salvo-conduto para
negociar o resgate. O bando navega em alto mar em um bote
salva-vidas, e cobra o recuo dos
EUA para que um navio pirata
os leve até a costa.
O capitão Phillips, 53, se lançou ao mar e tentou fugir a nado na madrugada de ontem,
mas foi rapidamente capturado, segundo do Departamento
da Defesa dos EUA. Os criminosos pediram inicialmente
resgate de US$ 1,5 milhão, mas
focam agora em fugir do cerco.
Aviões monitoram o barco,
acompanhado à distância pelo
destróier USS Bainbridge. Resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada por
unanimidade em dezembro,
autoriza ofensivas contra os piratas da Somália. Mas os EUA
relutam em agir para não colocar Phillips em risco, e a negociação é coordenada pelo FBI,
polícia federal americana.
Um refém foi morto ontem
em uma operação da Marinha
francesa contra piratas somalis. Sequestrado no sábado passado, o veleiro Tanit levava outras quatro pessoas, entre elas
uma criança, todas libertadas.
Dois criminosos morreram, e
três foram presos.
O cargueiro Maersk Alabama, comandado por Phillips,
foi tomado na quarta-feira, no
primeiro sequestro de um navio de bandeira americana por
criminosos em dois séculos.
Os tripulantes conseguiram
recuperar o controle do navio
rapidamente, mas o comandante foi tomado refém. Eles
tentaram, sem sucesso, negociar a troca de Phillips por um
pirata capturado, já solto. A imprensa americana trata o capitão como herói e divulga relatos
de que ele se ofereceu como refém para evitar pôr em risco os
homens sob seu comando.
Carregado com contêineres
de alimentos de agências humanitárias, o navio seguia para
o Quênia quando foi atacado
em águas somalis. Sem governo
central desde 1991, o país é refúgio de piratas, que tomam
embarcações e exigem resgate.
Cerca de 250 tripulantes de
14 navios estão em poder de piratas somalis, segundo o Birô
Marítimo Internacional, agência da ONU especializada na segurança da Marinha Mercante.
Em 2008, foram pagos US$ 80
milhões em resgates -alguns
países, como a França, rejeitam
pagamentos aos criminosos.
Com agências internacionais
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