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Presidente polonês morre em desastre aéreo
Avião com Lech Kaczynski, 60, e comitiva oficial cai no extremo oeste da Rússia; nenhum dos 96 passageiros sobrevive
Diversos integrantes do
governo, que viajaram para
Rússia para cerimônia sobre
massacre soviético na 2ª
Guerra, estavam no voo
Sergei Chirikov/Efe
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Policial observa parte do avião que caiu no extremo oeste da Rússia, matando o presidente da Polônia e todos os outros passageiros
DA REDAÇÃO
O presidente da Polônia,
Lech Kaczynski, 60, morreu
ontem depois que o avião em
que viajava, acompanhado de
uma comitiva de representantes do país, caiu sobre uma floresta, no oeste da Rússia.
Entre os passageiros da aeronave -acredita-se que 96 pessoas- também estavam parlamentares, o presidente do Banco Central, chefes militares do
país e funcionários do governo.
Ninguém sobreviveu.
"Ainda não conseguimos dar
conta do tamanho desta tragédia e o que ela significa para o
nosso futuro; nada parecido
acontecera antes na Polônia",
afirmou a Chancelaria do país.
A comitiva participaria de
uma cerimônia em memória
dos milhares de poloneses assassinados pelas forças soviéticas em Katyn, após a invasão do
país, que marcou o início da Segunda Guerra Mundial.
Um dos aviões da frota oficial
polonesa, o Tupolev, de fabricação soviética, se aproximava
do pouso na cidade russa de
Smolensk quando caiu, em
meio a um espesso nevoeiro.
Na noite de ontem, a caixa-preta da aeronave estava sendo
examinada para determinar as
causas do acidente.
Funcionários russos afirmaram que o aeroporto de Smolensk estava fechado na hora do
acidente, por causa do nevoeiro. O piloto do avião teria sido
alertado sobre as dificuldades,
e controladores sugeriram que
o voo fosse desviado para Moscou ou para Minsk (Belarus)
-sugestão que, segundo controladores, não foi aceita pela
tripulação do Tupolev. A aeronave fez três tentativas de pouso abortadas. Na quarta, o avião
caiu, a pouco menos de 1 km do
aeroporto Smolensk.
A aeronave polonesa tinha
pouco mais de 20 anos de uso.
Políticos poloneses reclamaram ontem da envelhecida frota de aviões oficiais do país.
Eleição antecipada
A morte de Kaczynski forçou
o governo a antecipar a eleição
presidencial, antes marcada
para outubro. O presidente interino, Bronislaw Komorowski, terá duas semanas para chamar o novo pleito, a ser realizado até 60 dias depois da convocação. Ele disse que está fazendo consultas com todos os grupos políticos do Parlamento.
Lech Kaczynski era do partido de centro-direita Lei e Justiça e assumiu a Presidência do
país -uma República parlamentarista- em 2005. A legenda também conquistou, à época, a chefia de governo, com o
irmão do presidente, Jaroslaw
Kaczynski. Desde o fim do comunismo, a Polônia se afastou
da esfera de influência russa. O
país entrou na Otan (aliança
militar ocidental) em 1999 e na
União Europeia em 2004.
Com agências internacionais
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