São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 2011

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Otan intercede para evitar retrocesso rebelde na Líbia

Novas ações abortam retomada da cidade-chave de Ajdabiyah por Gaddafi

Reconquista da cidade zeraria avanço rebelde; ditador diz a líderes da África aceitar plano que prevê um cessar-fogo

Pier Paolo Cito/Associated Press
Muammar Gaddafi entra em carro, na cidadedeTrípoli

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Otan (aliança militar ocidental) intercedeu mais uma vez ontem em favor dos rebeldes da Líbia para evitar a iminente tomada da cidade-chave de Ajdabiyah por tropas de Muammar Gaddafi.
E, em Trípoli, o ditador líbio recebeu uma comitiva de líderes africanos e disse aceitar um plano para encerrar o conflito envolvendo um cessar-fogo imediato, segundo o sul-africano Jacob Zuma.
Ajdabiyah é o último entreposto da insurgência líbia antes de Benghazi, "capital" dos rebeldes, e, se fosse reconquistada por Gaddafi, reverteria todo o avanço feito pela oposição desde o início da operação internacional.
Após dias de um aparente impasse entre governistas e rebeldes, as forças do ditador líbio entraram na cidade no sábado e ontem estavam a ponto de retomá-la quando a Otan lançou novos ataques.
Na ação, 11 tanques do regime foram destruídos -segundo a Otan- e, no final do dia, as tropas de Gaddafi haviam recuado até 40 km.
Os confrontos na cidade deixaram 23 mortos, sendo 20 pró-Gaddafi, segundo um hospital local. Desde sábado, as vítimas chegam a 38, incluindo 11 rebeldes e 7 civis.
A aliança militar voltou a realizar ataques contra alvos do ditador em Misrata, principal reduto rebelde no oeste. Na ação, outros 14 tanques do regime foram destruídos.
Os insurgentes promovem, há cerca de dois meses, ofensivas a fim de depor Gaddafi. Mas após série de avanços e recuos e mesmo com a operação externa, com o aval da ONU, o cenário é incerto.

NEGOCIAÇÕES
No encontro com a comitiva da União Africana, Gaddafi aceitou um plano para pôr fim ao impasse que prevê, além do cessar-fogo, um diálogo nacional e a permissão de assistência humanitária.
O grupo formado por cinco líderes de países da UA, deve se encontrar hoje com rebeldes para apresentar o plano.
Mas os insurgentes exigem que Gaddafi renuncie ao cargo -o que o ditador rejeita.


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