São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007

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TURQUIA

Parlamento aprova eleições diretas para a Presidência

DA REDAÇÃO

O Parlamento turco aprovou ontem uma reforma constitucional que prevê eleições diretas para a Presidência da República. Atualmente o presidente é escolhido pelos parlamentares.
A reforma foi comandada pelo partido do premiê Recep Erdogan, o AKP, depois de duas tentativas fracassadas de eleger o ministro do Exterior, o islamita Abdullah Gul, como novo presidente da Turquia, levando Gul a retirar sua candidatura e o governo a antecipar as eleições legislativas.
A reforma deve ainda ser submetida à aprovação do presidente turco, o laico Ahmet Sezer, que deve rejeitá-la, segundo analistas. Se ele rejeitar o projeto, o Parlamento deverá votá-lo novamente. Caso seja aprovado de novo, o presidente terá de sancioná-lo ou convocar um referendo.
Sezer vem servindo como freio ao governo de Erdogan. A oposição e parte da população temem que a ascensão de um islamita à Presidência do país -que é laico, mas de maioria muçulmana- aproxime o Estado da religião.
Também ontem, os deputados votaram uma emenda que pode dificultar o alistamento como independentes de candidatos de partidos pró-curdos. Segundo a Casa, a medida visa simplificar a votação, mas ela foi apresentada depois que curdos disseram que alistariam candidatos como independentes para ultrapassar uma espécie de "cláusula de barreira". Os curdos -20% da população- são reprimidos no país.


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