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TURQUIA
Parlamento aprova eleições diretas para a Presidência
DA REDAÇÃO
O Parlamento turco aprovou ontem uma reforma
constitucional que prevê
eleições diretas para a Presidência da República. Atualmente o presidente é escolhido pelos parlamentares.
A reforma foi comandada
pelo partido do premiê Recep Erdogan, o AKP, depois
de duas tentativas fracassadas de eleger o ministro do
Exterior, o islamita Abdullah
Gul, como novo presidente
da Turquia, levando Gul a retirar sua candidatura e o governo a antecipar as eleições
legislativas.
A reforma deve ainda ser
submetida à aprovação do
presidente turco, o laico Ahmet Sezer, que deve rejeitá-la, segundo analistas. Se ele
rejeitar o projeto, o Parlamento deverá votá-lo novamente. Caso seja aprovado
de novo, o presidente terá de
sancioná-lo ou convocar um
referendo.
Sezer vem servindo como
freio ao governo de Erdogan.
A oposição e parte da população temem que a ascensão de
um islamita à Presidência do
país -que é laico, mas de
maioria muçulmana- aproxime o Estado da religião.
Também ontem, os deputados votaram uma emenda
que pode dificultar o alistamento como independentes
de candidatos de partidos
pró-curdos. Segundo a Casa,
a medida visa simplificar a
votação, mas ela foi apresentada depois que curdos disseram que alistariam candidatos como independentes para ultrapassar uma espécie
de "cláusula de barreira". Os
curdos -20% da população- são reprimidos no país.
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