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Netanyahu vai hoje ao Egito para pedir frente regional contra o Irã
DA REDAÇÃO
Em sua primeira visita a um
país árabe desde que voltou ao
cargo de premiê israelense,
Binyamin Netanyahu chega
hoje ao balneário egípcio de
Sharm el Sheikh para apresentar ao ditador Hosni Mubarak
uma proposta de aliança regional contra o Irã.
Israel encara o programa nuclear iraniano como uma ameaça à sua existência e aposta que
seus aliados árabes Egito e Jordânia, rivais regionais de Teerã,
têm o mesmo interesse em
conter o Irã. Os iranianos dizem que suas usinas atômicas
servem para produzir energia
elétrica, não bombas.
Netanyahu, que irá à Jordânia no final deste ano, também
usará como argumento o apoio
de Teerã a grupos radicais como o palestino Hamas e o libanês Hizbollah.
Mas o Cairo deixou claro que,
embora também considere o
Irã uma ameaça regional, vê a
questão palestina como prioridade do encontro com o premiê
israelense.
O Egito pressionará Netanyahu a aceitar a criação de um
Estado palestino, norte das negociações de paz desde os Acordos de Oslo (1993).
O direitista Netanyahu, que
reassumiu o governo em março, dez anos após ter deixado o
cargo, prefere criar "zonas econômicas" palestinas sem ligações umas com as outras.
O governo egípcio está igualmente irritado com a nomeação por Netanyahu do ultranacionalista Avigdor Liberman
para o cargo de chanceler.
No ano passado, Liberman
mandou Mubarak "ao inferno"
caso o ditador não visitasse Israel. Para evitar atritos, o chanceler não irá a Sharm el Sheikh.
As posições do novo governo
israelense não estão em rota de
colisão apenas com os aliados
árabes. O governo de Barack
Obama, que receberá Netanyahu pela primeira vez no próximo fim de semana, também
pressiona pela criação de um
Estado palestino.
Poucas vezes houve divergências tão claras entre Israel e
Estados Unidos, tradicionalmente o maior aliado e maior
fornecedor de armas a Israel.
Segundo disse o rei da Jordânia, Abdullah 2º, em entrevista
ao jornal "Times" publicada
hoje, os EUA cogitam apresentar uma proposta de paz para
pavimentar a normalização das
relações entre Israel e todos os
57 países muçulmanos.
Com agências internacionais
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