São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 2011 |
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Dois meses após tragédia, Japão revê plano nuclear Tóquio reavaliará a construção de 14 reatores até 2030, o que aumentaria a fatia de energia nuclear para 50% Premiê japonês, Naoto Kan, quer investir em outras fontes de energia renováveis, como solar, eólica ou até biomassa DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS O premiê do Japão, Naoto Kan, disse ontem que o plano de construção de 14 reatores nucleares no país deve ser revisto, dois meses depois da crise na usina nuclear de Fukushima 1, que ainda se encontra fora de controle. O terremoto e o tsunami de 11 de março deixaram 14.919 mortos e 9.893 desaparecidos. O impacto danificou ainda o resfriamento da usina, que acarretou em vazamento de radiação e forçou o país a reavaliar sua dependência na energia nuclear. Antes do tremor, os 54 reatores nucleares do país produziam 29% da energia consumida pelos japoneses. Especialistas indicam que entre 10% e 20% desta energia foram afetados pela tragédia de março. O plano do Japão, revisado em 2010, era aumentar a fatia da energia nuclear para 50% em 2030, e para 20% de outras fontes renováveis. "Mas agora esse plano precisa ser revisado do zero", disse o premiê a jornalistas. FONTES RENOVÁVEIS A ideia é focar em fontes renováveis como eólica, solar e biomassa, setor em que o Japão está atrasado. O premiê admitiu, contudo, que a energia nuclear continuará tendo papel importante no setor energético e prometeu aumentar a segurança nas usinas. Kan não disse quando a revisão será feita e nem quanto custaria ao governo, mas alertou que economizar energia será vital para sua estratégia a longo prazo. Desde a tragédia, o premiê já decretou o fim da usina de Fukushima 1 e a suspensão do funcionamento da usina de Hamaoka, que fica sob uma falha sísmica e sofre grande risco de terremoto. Em um esforço para combater a baixa em sua popularidade, Kan anunciou que abrirá mão, a partir de junho, do salário de premiê (R$ 31,8 mil) e eventuais bônus até que a crise seja controlada. O premiê, contudo, não abriu mão de seu salário de R$ 15,9 mil como deputado. O gesto veio pouco antes da Tokyo Eletric Power Co., operadora da usina de Fukushima, pedir ajuda ao governo para pagar indenizações às vítimas. A empresa já anunciara cortes nos salários e ontem informou a venda de cerca de R$ 9,9 bilhões em bens. Texto Anterior: Foco: Schwarzenegger anuncia fim de seu casamento de 25 anos Próximo Texto: Oriente Médio: Presidente de Israel diz crer em conversa de paz com o Hamas Índice | Comunicar Erros |
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