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Prefeito proíbe avião "barulhento"
DE PARIS
Os moradores de Goussainville
não são os únicos que se sentem
incomodados pelo movimento de
aviões no aeroporto Charles de
Gaulle.
O barulho do sobe-e-desce de
aeronaves levou o prefeito da cidade de Deuil-la-Barre, Jean-Claude Noyer, a criar uma lei
proibindo o sobrevôo do local por
aeronaves que ultrapassem o nível máximo de ruído permitido
-estipulado em 45 decibéis
-abaixo do nível de uma conversação normal (60 decibéis). Já o
ruído de um avião a jato chega a
140 decibéis.
O prefeito ordenou que fosse
instalado na cidade um aparelho
que mede o nível de ruído dos
aviões.
A cada vez que o limite for ultrapassado, um agente municipal,
espécie de "fiscal do som", vai
multar a ADP (Aéroports de Paris, empresa aeroportuária da capital francesa).
Grito
"As pessoas aqui já não aguentavam mais. Já que ninguém nos
escuta, eu resolvi gritar. É preciso
que os principais implicados nessa história, que são o Ministério
dos Transportes e a ADP, tomem
consciência do problema", disse
Noyer, justificando a adoção da
medida.
Ele reivindica ainda a proibição
de vôos noturnos e a construção
de um terceiro aeroporto, longe
da região.
O presidente da ADP, Yves
Cousquer, respondeu em tom
irônico à iniciativa do prefeito de
Deuil-la-Barre.
"Na minha opinião, um prefeito
não tem o poder de regulamentar
o que acontece acima de sua cidade", disse Cousquer, em entrevista ao jornal francês "Le Parisien".
(RONALDO SOARES)
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