São Paulo, domingo, 11 de junho de 2000


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Prefeito proíbe avião "barulhento"

DE PARIS

Os moradores de Goussainville não são os únicos que se sentem incomodados pelo movimento de aviões no aeroporto Charles de Gaulle.
O barulho do sobe-e-desce de aeronaves levou o prefeito da cidade de Deuil-la-Barre, Jean-Claude Noyer, a criar uma lei proibindo o sobrevôo do local por aeronaves que ultrapassem o nível máximo de ruído permitido -estipulado em 45 decibéis -abaixo do nível de uma conversação normal (60 decibéis). Já o ruído de um avião a jato chega a 140 decibéis.
O prefeito ordenou que fosse instalado na cidade um aparelho que mede o nível de ruído dos aviões.
A cada vez que o limite for ultrapassado, um agente municipal, espécie de "fiscal do som", vai multar a ADP (Aéroports de Paris, empresa aeroportuária da capital francesa).

Grito
"As pessoas aqui já não aguentavam mais. Já que ninguém nos escuta, eu resolvi gritar. É preciso que os principais implicados nessa história, que são o Ministério dos Transportes e a ADP, tomem consciência do problema", disse Noyer, justificando a adoção da medida.
Ele reivindica ainda a proibição de vôos noturnos e a construção de um terceiro aeroporto, longe da região.
O presidente da ADP, Yves Cousquer, respondeu em tom irônico à iniciativa do prefeito de Deuil-la-Barre.
"Na minha opinião, um prefeito não tem o poder de regulamentar o que acontece acima de sua cidade", disse Cousquer, em entrevista ao jornal francês "Le Parisien". (RONALDO SOARES)


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