São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 2011

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"The Economist" destaca jornais em emergentes

DE SÃO PAULO

A revista britânica "The Economist", com vendas em alta nos últimos anos, analisou o futuro dos jornais em sua última edição.
Em uma reportagem especial de 14 páginas, a revista diz que a internet demoliu "o velho jeito de fazer as coisas, mas tornou outros possíveis". Diz que a rede estimula a inovação e que há muita "experimentação" a caminho.
Apesar de sublinhar a queda na publicidade nos jornais europeus e americanos, que sofrem encolhimento de sua circulação, a "Economist" apresenta o crescimento nos emergentes.
Segundo a revista, entre 2005 e 2009, a circulação de jornais cresceu 39,7% na Índia, 20,7% no Brasil e 10,4% na China.
Enquanto houve quedas de 11% e 8% na América do Norte e na Europa, respectivamente, a circulação subiu 5% na América do Sul, 13% na Ásia e 30% na África.
Mesmo a presença das redes sociais, como Facebook e Twitter, é avaliada positivamente. "Leitores compartilham reportagens com seus amigos e as histórias mais populares causam um congestionamento na rede", destaca a revista.
Outro aspecto abordado é o dos novos negócios desenvolvidos pelos jornais, que contam a seu favor com marcas de prestígio. Grupos jornalísticos têm criado livrarias on-line, organizado seminários e eventos, e produzem material didático e apostilas.
O britânico "Daily Telegraph" e o americano "The New York Times" criaram clubes de vinhos, enquanto o espanhol "Marca" vende produtos esportivos exclusivos a seus leitores.
A conclusão da reportagem aponta para um retorno ao jornalismo mais caótico e partidário do século 19, antes do surgimento dos meios de comunicação de massa. (RJL)


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