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Novo premiê promete unificar forças policiais
DA REDAÇÃO
Ao aceitar ontem oficialmente o
cargo de premiê palestino, Ahmed Korei, 65, anunciou que formará imediatamente um pequeno gabinete de crise e que sua
prioridade será unificar todas as
forças de segurança palestinas,
cuja divisão foi um dos motivos
da queda de seu antecessor.
"Garantir a segurança estará em
primeiro lugar em minhas prioridades. Haverá uma unidade de
ação total entre os serviços de segurança, sob o comando de um
Conselho Nacional Supremo de
Segurança", disse. O Parlamento
palestino, presidido desde 1996
pelo próprio Korei, se reunirá hoje para ratificar o novo governo.
Apesar de suas declarações, ele
herda o mesmo impasse que derrubou o ex-premiê Mahmoud
Abbas (mais conhecido como
Abu Mazen): pressionado por Israel e pelos grupos terroristas palestinos e sob a sombra do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat,
comandará um governo ameaçado pela violência sem ter poderes
suficientes para combatê-la.
Possui, no entanto, algumas
vantagens. O moderado Korei teve papel fundamental nas negociações secretas que levaram à assinatura dos acordos de paz de
Oslo, em 1993, tendo bom trânsito
em Israel e no exterior.
Também é bem próximo a Arafat, que o indicou para o cargo no
domingo e de quem dependerá
para unificar as forças de segurança, majoritariamente sob o comando do presidente da ANP.
Ainda não se sabe que atitude o
novo premiê terá em relação aos
grupos terroristas. Inicialmente,
ele deu indícios de que, assim como Mazen, não pretende utilizar a
força contra eles. Os palestinos dizem que uma ação repressiva
contra os extremistas desencadearia uma guerra civil. Mas, sem
uma interrupção nos atentados,
seu governo não terá futuro.
Korei qualificou os atentados de
anteontem como um "prejuízo"
para a causa palestina. Ontem,
condenou a tentativa de Israel de
matar um dos principais líderes
do Hamas em Gaza. "O que aconteceu com os israelenses foi inaceitável. O que aconteceu com os
palestinos também. Tudo isso é
muito perigoso", disse.
Korei demorou a aceitar o cargo
publicamente porque queria garantias de que Israel mudaria sua
política de ocupação, de isolamento de Arafat e de perseguição
aos líderes terroristas. Queria
também apoio dos EUA.
Mas EUA e Israel recusaram-se
a dar qualquer garantia. "Nossa
atitude não será de acordo com o
que ele disser, mas de acordo com
a forma como ele implantará o
plano de paz", disse um porta-voz
do governo, Zalman Shoval. Os
EUA reagiram na mesma linha.
Com agências internacionais
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