São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2004

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Americano poderá comprar arma pesada

DA REDAÇÃO

Uma lei que proíbe a venda de 19 tipos de armas semi-automáticas nos EUA deve expirar na segunda-feira, sob críticas de que o presidente George W. Bush cedeu ao lobby da indústria armamentista e não pressionou o Congresso a votar sua prorrogação.
A lei, assinada pelo ex-presidente Bill Clinton em 1994, tornava ilegal a venda de armas semi-automáticas que tivessem componentes de uso militar, como fuzis AK-47 e AR-15.
Uma cláusula previa que a lei expiraria após dez anos a menos que o Congresso explicitamente aprovasse sua prorrogação. Líderes republicanos disseram ontem, porém, que o Congresso não vai votar a prorrogação.
Grupos contrários à liberação da venda publicaram um anúncio de página inteira no "New York Times" mostrando Osama bin Laden, líder da rede Al Qaeda, portando um fuzil AK-47. "Os terroristas do 11 de Setembro mal podem esperar que chegue o 13 de setembro [deste ano]", diz o texto, em alusão à data de expiração.
Em tom similar, o candidato democrata à Presidência dos EUA, John Kerry, trouxe o assunto para a campanha, afirmando que Bush deixou de proteger os americanos de terroristas ao não defender a prorrogação da lei.
"Um manual de treinamento da Al Qaeda recuperado no Afeganistão incluía um capítulo encorajando terroristas a adquirir armas semi-automáticas nos EUA", disse o candidato democrata em ato em St. Louis (Missouri).


Com agências internacionais

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