São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2007

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Feministas do Code Pink tumultuam depoimentos gritando slogans pela paz

DE WASHINGTON

Os freqüentadores do bairro de Georgetown, em Washington, já haviam tido contato no sábado com as mulheres de coroa cor-de-rosa na cabeça, alto-falante na mão e slogans antiguerra na boca. Eram as empolgadas participantes do movimento feminista pacifista Code Pink (código rosa), que prometiam invadir a sessão de ontem do Congresso.
Cumpriram a promessa. "General lie, children die!" (Generais mentem, crianças morrem). Os primeiros gritos com a frase podiam ser ouvidos antes mesmo de o general David Petraeus ou o embaixador Ryan Crocker abrirem a boca. Eram dez integrantes do Code Pink, sem alto-falantes mas com a mesma disposição, que foram sendo retiradas uma a uma no momento em que se manifestavam na platéia do Cannon Caucus Room.
A maioria ficava em silêncio, em busca da pausa nas falas, para gritar um slogan. Num desses momentos, uma delas foi retirada por dois policiais, aos berros. Atônito, Petraeus continuava seu depoimento, mas foi interrompido pelo chefe de uma das comissões, o sisudo democrata Ike Skelton, do Missouri, que ameaçou prender quem mais gritasse.
Durante a fala de Crocker aconteceu o mesmo. A presença do grupo chegou a causar um pequeno bate-boca entre os políticos da mesa. Após reclamar com Skelton sobre a presença delas, um microfone aberto captou o republicano Dan Burton dizendo ao seu colega democrata: "Eu não estou lhe dando um sermão". Ao que esse respondeu: "Duncan sabe que eu não preciso de uma porra de um sermão", referindo-se ao congressista republicano Duncan Hunter.
No fim todas as mulheres com tiaras cor-de-rosa foram tiradas da sala. (SD)


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