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foco
Feministas do Code Pink tumultuam depoimentos gritando slogans pela paz
DE WASHINGTON
Os freqüentadores do
bairro de Georgetown, em
Washington, já haviam tido
contato no sábado com as
mulheres de coroa cor-de-rosa na cabeça, alto-falante
na mão e slogans antiguerra
na boca. Eram as empolgadas participantes do movimento feminista pacifista
Code Pink (código rosa), que
prometiam invadir a sessão
de ontem do Congresso.
Cumpriram a promessa.
"General lie, children die!"
(Generais mentem, crianças
morrem). Os primeiros gritos com a frase podiam ser
ouvidos antes mesmo de o
general David Petraeus ou o
embaixador Ryan Crocker
abrirem a boca. Eram dez integrantes do Code Pink, sem
alto-falantes mas com a
mesma disposição, que foram sendo retiradas uma a
uma no momento em que se
manifestavam na platéia do
Cannon Caucus Room.
A maioria ficava em silêncio, em busca da pausa nas
falas, para gritar um slogan.
Num desses momentos, uma
delas foi retirada por dois
policiais, aos berros. Atônito,
Petraeus continuava seu depoimento, mas foi interrompido pelo chefe de uma das
comissões, o sisudo democrata Ike Skelton, do Missouri, que ameaçou prender
quem mais gritasse.
Durante a fala de Crocker
aconteceu o mesmo. A presença do grupo chegou a causar um pequeno bate-boca
entre os políticos da mesa.
Após reclamar com Skelton
sobre a presença delas, um
microfone aberto captou o
republicano Dan Burton dizendo ao seu colega democrata: "Eu não estou lhe dando um sermão". Ao que esse
respondeu: "Duncan sabe
que eu não preciso de uma
porra de um sermão", referindo-se ao congressista republicano Duncan Hunter.
No fim todas as mulheres
com tiaras cor-de-rosa foram tiradas da sala.
(SD)
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