São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 2002

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Ação militar já poderia começar em dezembro

DA REDAÇÃO

As Forças Armadas americanas podem estar preparadas para uma guerra contra o Iraque já em dezembro.
Especialistas afirmam que cinco porta-aviões com cerca de 350 aviões podem estar em posição de ataque perto da costa iraquiana antes do fim do ano. Se ordenado agora, o envio de tropas suficientes para a ação seria hoje muito mais rápido do que os seis meses de preparação para a Guerra do Golfo (1991), afirmam.
Os militares crêem que a logística seria mais fácil porque já há uma considerável reserva de equipamentos armazenados na área de conflito.
Especialistas também defendem a época de inverno -de dezembro a março, no hemisfério Norte- como a mais propícia para o uso de armas com mecanismos de busca de calor. Os mísseis americanos desse tipo teriam mais facilidade de achar as supostas fábricas de armas de destruição em massa e os tanques iraquianos num terreno mais frio.

Porta-aviões
Segundo analistas militares americanos, as preparações para um ataque já vêm sendo aceleradas desde agosto, inclusive com a confecção de planos para enviar três porta-aviões de suas bases na Califórnia (Costa Oeste dos EUA) e no Japão.
Esses navios poderiam se juntar aos porta-aviões Abraham Lincoln, já no golfo, e George Washington, atualmente no Mediterrâneo, mas se dirigindo para a área de encontro com o Lincoln.
Além dos aviões levados por essas embarcações, outras 300 aeronaves já estão na região. Essas peças de combate estão em bases que estão distribuídas desde a Turquia à ilha de Diego Garcia, no oceano Índico, controlada pelos britânicos.
Mesmo fazendo planos para uma ação unilateral, é quase certo que os americanos possam contar com a ajuda britânica. Os jornais do Reino Unido afirmam que o governo do premiê Tony Blair está preparado para oferecer 20 mil soldados e dezenas de aviões para o esforço de guerra.
"Você pode muito bem iniciar uma guerra de modo razoável com pelo menos algumas divisões pesadas, com cerca de 40 mil soldados", disse o ex-secretário da Defesa assistente Larry Korb, hoje analista do Counsil on Foreign Relations, de Nova York.


Com agências internacionais


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