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CARIBE
Soldado Luciano Carvalho levou um tiro no calcanhar durante ação anticrime
Brasileiro ferido no Haiti passa bem
Da Redação
O brasileiro que ficou ferido
após operação militar da força de
paz da ONU num bairro pobre de
Porto Príncipe (capital haitiana)
não corre risco de morte. A informação foi transmitida à Folha pelo chefe de comunicação da brigada do Brasil no Haiti, coronel Luiz
Felipe Carbonell.
O soldado ferido se chama Luciano Carvalho, e, no Brasil, serve
no 18º Batalhão de Infantaria Motorizada, em Sapucaia do Sul (região metropolitana de Porto Alegre). Após ser socorrido pelos
médicos militares brasileiros, ele
agora está no hospital de campanha das Nações Unidas instalado
na capital haitiana.
Por volta de 12h de sábado, Carvalho levou um tiro no calcanhar,
durante operação executada por
cerca de 180 militares brasileiros,
integrantes da Minustah (Missão
da ONU de Estabilização no Haiti), na favela de Bel Air.
Segundo Carbonell, o objetivo
da operação era atacar um foco da
criminalidade comum na região,
que fica próxima ao Palácio Nacional. Mas houve resistência armada ao cerco realizado pelos capacetes-azuis brasileiros, e Luciano Carvalho acabou baleado.
O chefe de comunicação da brigada afirma que, na mesma operação, foram apreendidas armas e
detidas 70 pessoas.
Carvalho, que já conversou com
seus familiares no Brasil, não deve
ficar com seqüelas, segundo informou Carbonell. Tampouco
seu retorno ao Brasil será antecipado -seu batalhão será substituído por outro em dezembro.
Carbonell negou que os militares brasileiros estejam combatendo forças políticas rebeldes no
Haiti, como o grupo de ex-militares que exige a restauração do
Exército, dissolvido pelo presidente deposto Jean.
"As operações como a de Bel Air
visam tão-somente debelar a criminalidade comum", afirmou.
Argentino ferido
Um integrante da missão argentina no Haiti foi ferido na noite de
sábado quando participava de
uma operação militar ao sul de
Gonaives. O soldado da Marinha
Gabriel Apolinario, 25, foi ferido
no braço e está fora de perigo.
O ataque foi feito por forças rebeldes quando forças argentinas e
haitianas estavam desmontando
uma barricada na região por causa da visita que o presidente do
Haiti, Boniface Alexander, e o primeiro ministro, Gérard Latortue,
fizeram à cidade.
Colaborou CLÁUDIA DIANNI, de Buenos
Aires
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