São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2004

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CARIBE

Soldado Luciano Carvalho levou um tiro no calcanhar durante ação anticrime

Brasileiro ferido no Haiti passa bem

Da Redação

O brasileiro que ficou ferido após operação militar da força de paz da ONU num bairro pobre de Porto Príncipe (capital haitiana) não corre risco de morte. A informação foi transmitida à Folha pelo chefe de comunicação da brigada do Brasil no Haiti, coronel Luiz Felipe Carbonell.
O soldado ferido se chama Luciano Carvalho, e, no Brasil, serve no 18º Batalhão de Infantaria Motorizada, em Sapucaia do Sul (região metropolitana de Porto Alegre). Após ser socorrido pelos médicos militares brasileiros, ele agora está no hospital de campanha das Nações Unidas instalado na capital haitiana.
Por volta de 12h de sábado, Carvalho levou um tiro no calcanhar, durante operação executada por cerca de 180 militares brasileiros, integrantes da Minustah (Missão da ONU de Estabilização no Haiti), na favela de Bel Air.
Segundo Carbonell, o objetivo da operação era atacar um foco da criminalidade comum na região, que fica próxima ao Palácio Nacional. Mas houve resistência armada ao cerco realizado pelos capacetes-azuis brasileiros, e Luciano Carvalho acabou baleado.
O chefe de comunicação da brigada afirma que, na mesma operação, foram apreendidas armas e detidas 70 pessoas.
Carvalho, que já conversou com seus familiares no Brasil, não deve ficar com seqüelas, segundo informou Carbonell. Tampouco seu retorno ao Brasil será antecipado -seu batalhão será substituído por outro em dezembro.
Carbonell negou que os militares brasileiros estejam combatendo forças políticas rebeldes no Haiti, como o grupo de ex-militares que exige a restauração do Exército, dissolvido pelo presidente deposto Jean.
"As operações como a de Bel Air visam tão-somente debelar a criminalidade comum", afirmou.

Argentino ferido
Um integrante da missão argentina no Haiti foi ferido na noite de sábado quando participava de uma operação militar ao sul de Gonaives. O soldado da Marinha Gabriel Apolinario, 25, foi ferido no braço e está fora de perigo.
O ataque foi feito por forças rebeldes quando forças argentinas e haitianas estavam desmontando uma barricada na região por causa da visita que o presidente do Haiti, Boniface Alexander, e o primeiro ministro, Gérard Latortue, fizeram à cidade.


Colaborou CLÁUDIA DIANNI, de Buenos Aires

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