São Paulo, terça-feira, 11 de outubro de 2005

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Região pobre tem acesso precário

DA REDAÇÃO

A maior parte da destruição causada pelo terremoto do fim de semana ocorreu na parte paquistanesa da Caxemira, região disputada por Índia e Paquistão e atualmente dividida.
A maioria dos três milhões de habitantes da região, chamada de "Caxemira Ocupada" pelos indianos que reclamam o território, vive na pobreza, como o restante dos paquistaneses. Segundo a organização Population Reference Bureau, a renda per capita do país em 2004 foi de U$ 1.960 (no Brasil, foi de US$ 8.000, convertida por paridade de poder de compra).
A "Azad Kashmir" (Caxemira Livre, em urdu, a língua oficial da região) tem 252 habitantes por km2. Da população, predominantemente muçulmana, 60% são alfabetizados, segundo o governo (no Paquistão, a média é 48%).
As construções da região foram classificadas pelo departamento local de Planejamento e Desenvolvimento como "antigas" ou "pobres". Antes do terremoto, a infra-estrutura já era um problema. Segundo o mesmo departamento, a população convivia com hospitais sem estrutura de pronto-socorro, e 80% das escolas não tinham água potável.
A estrutura de transportes dificulta o resgate de sobreviventes. Estradas ruins e pontes quebradas já dificultavam o acesso à montanhosa região, e deslizamentos de terra causados pelo terremoto pioraram a situação.
Segundo a Irin (rede de notícias humanitárias da ONU), em dezembro de 2004, teve início o financiamento de um projeto para melhorar a infra-estrutura local, com o empréstimo de US$ 57 milhões ao governo pelo Banco de Desenvolvimento da Ásia.
O projeto pretendia enfatizar as áreas de saúde, saneamento e reforma de pontes e prédios públicos em más condições -dos quais muitos agora estão completamente destruídos.


Com agências internacionais

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