São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 2006

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Plano atômico não tem volta, diz líder do Irã

DA REDAÇÃO

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou ontem que o país continuará a exercer "o direito" de desenvolver tecnologia nuclear, dando mais uma indicação de que as exigências internacionais de que suspenda o enriquecimento de urânio não serão atendidas.
Falando um dia depois do teste nuclear realizado pela Coréia do Norte - que ao lado de Irã e Irã compunha o "eixo do mal" citado no célebre discurso do presidente George W. Bush, em 2002-, Khamenei repetiu o discurso com que o país tem rejeitado a pressão internacional.
""Nossa política é clara: progresso, oferecendo lógica transparente e insistindo nos direitos da nação sem recuo", disse o aiatolá, segundo a TV oficial iraniana. Na segunda-feira o Irã reagira ao teste norte-coreano afirmando ser favorável a um mundo sem armas nucleares, mas não entrou no coro mundial de condenações a Pyongyang.
Teerã negou as informações que circularam na semana passada na imprensa ocidental de que estaria disposto a congelar a produção de combustível nuclear por 90 dias para permitir negociações diretas com os EUA e as outras potências negociadoras. EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha, concordaram em Londres na última sexta-feira discutir possíveis sanções contra o Irã. O grupo deve voltar a se reunir hoje.
"Se não tivéssemos trilhado o caminho [nuclear] há dois anos, hoje estaríamos nos culpando", disse Khamenei em uma reunião com autoridades do governo, incluindo o presidente Mahmoud Ahmadinejad. "Ninguém é capaz de nos convencer de que o caminho nuclear do Irã é errado."
Foi a primeira declaração do líder supremo iraniano, cujas atribuições incluem determinar o plano nuclear do país, desde o encontro das potências em Londres.


Com agências internacionais



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