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Plano atômico não tem volta, diz líder do Irã
DA REDAÇÃO
O líder supremo do Irã,
aiatolá Ali Khamenei, afirmou ontem que o país continuará a exercer "o direito" de
desenvolver tecnologia nuclear, dando mais uma indicação de que as exigências
internacionais de que suspenda o enriquecimento de
urânio não serão atendidas.
Falando um dia depois do
teste nuclear realizado pela
Coréia do Norte - que ao lado de Irã e Irã compunha o
"eixo do mal" citado no célebre discurso do presidente
George W. Bush, em 2002-,
Khamenei repetiu o discurso
com que o país tem rejeitado
a pressão internacional.
""Nossa política é clara:
progresso, oferecendo lógica
transparente e insistindo
nos direitos da nação sem recuo", disse o aiatolá, segundo
a TV oficial iraniana. Na segunda-feira o Irã reagira ao
teste norte-coreano afirmando ser favorável a um
mundo sem armas nucleares, mas não entrou no coro
mundial de condenações a
Pyongyang.
Teerã negou as informações que circularam na semana passada na imprensa
ocidental de que estaria disposto a congelar a produção
de combustível nuclear por
90 dias para permitir negociações diretas com os EUA e
as outras potências negociadoras. EUA, Rússia, China,
França, Reino Unido e Alemanha, concordaram em
Londres na última sexta-feira discutir possíveis sanções
contra o Irã. O grupo deve
voltar a se reunir hoje.
"Se não tivéssemos trilhado o caminho [nuclear] há
dois anos, hoje estaríamos
nos culpando", disse Khamenei em uma reunião com autoridades do governo, incluindo o presidente Mahmoud Ahmadinejad. "Ninguém é capaz de nos convencer de que o caminho nuclear
do Irã é errado."
Foi a primeira declaração
do líder supremo iraniano,
cujas atribuições incluem
determinar o plano nuclear
do país, desde o encontro das
potências em Londres.
Com agências internacionais
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