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Mórmon que votou por guerra liderará Senado
DA REDAÇÃO
Boxeador amador, de fala quase inaudível e muito
formal, o senador Harry
Reid, 66, deve ser o líder da
maioria democrata no Senado americano. Por ser
muito tímido, é fácil subestimá-lo, segundo o jornal "New York Times".
Reid, que liderava a oposição desde 2004, é tido
como um dos grandes responsáveis por reconquistar a maioria depois de 12
anos de domínio republicano na Casa. Ele tem defendido o aumento do salário mínimo e se opôs à
redução de impostos para
os mais ricos, implementadas pelo governo Bush.
Apesar da voz baixa, ele
já chamou Bush de "mentiroso" e "perdedor" e o
juiz da Corte Suprema
Clarence Thomas de "estorvo". Votou contra os
dois juízes nomeados por
Bush para o Supremo.
Na quarta-feira, após
Bush lhe dizer que desejava trabalhar com os democratas, Reid respondeu:
"Tomara que o senhor
pense verdadeiramente
no que diz, pois nos últimos dois anos tentamos e
não conseguimos nada".
"Vou atirar bombas de
vez em quando, mas serei
conciliador em outras",
prometeu o senador.
Já nas questões sociais,
seu perfil é mais conservador. Mórmon, ele vota
com os republicanos
quando o tema é aborto.
Também votou a favor da
invasão do Iraque, mas hoje defende uma retirada
paulatina das tropas.
De família muito pobre,
Reid nasceu em uma casa
sem água quente nem banheiro na pequena cidade
de Searchlight, no deserto
do Mojave (Estado de Nevada). Seu pai era um mineiro alcoólatra que cometeu suicídio e sua mãe
era lavadeira.
Foi policial e se elegeu
deputado pela primeira
vez em 1982. Desde 1986
está no Senado. Praticante
de ioga, está casado há 46
anos e tem cinco filhos.
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