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ORIENTE MÉDIO 2
CS fecha acordo sobre tribunal para julgar assassinato de Hariri
DA REDAÇÃO
O Conselho de Segurança
da ONU chegou a um acordo
sobre o funcionamento do
tribunal que irá julgar os suspeitos de envolvimento no
assassinato do premiê libanês Rafik Hariri, em fevereiro de 2005. O documento
com as regras foi recebido
ontem pelo governo libanês,
para que dê ou não seu aval.
Fontes libanesas disseram
que o tribunal, a ser composto por juízes estrangeiros e
libaneses, não terá o poder
de julgar ou questionar chefes de Estado, e que o assassinato não seria definido como
um crime contra a humanidade nem ataque terrorista.
Hariri foi vítima de um
atentado que matou outras
22 pessoas. O crime, que provocou manifestações maciças contra a Síria e o fim de
três décadas de presença militar síria no Líbano, está
sendo investigado por uma
comissão da ONU liderada
pelo procurador belga Serge
Brammertz.
A investigação indicou a
participação de altos funcionários de segurança sírios e
libaneses no caso. A Síria nega envolvimento.
A proposta sobre o tribunal foi entregue ao premiê libanês, Fouad Siniora, e ao filho de Hariri, Saad, que é líder da maioria no Parlamento. É preciso que o documento seja aprovado pelo gabinete e então enviado ao Parlamento, para que seja transformado em lei.
A entrega do documento
coincide com o aumento da
pressão do Hizbollah, que
tem ligações com a Síria, para ter uma participação
maior dentro do gabinete libanês. Essa pressão é interpretada como uma tentativa
do grupo radical xiita de assegurar cadeiras no gabinete
suficientes para bloquear a
formação do tribunal.
O presidente Émile Lahoud, que é pró-Síria, levantou uma série de objeções à
versão anterior do documento. Lahoud diz que cabe a ele
a decisão final sobre a corte.
Com agências internacionais
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