São Paulo, sábado, 11 de novembro de 2006

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ORIENTE MÉDIO 2

CS fecha acordo sobre tribunal para julgar assassinato de Hariri

DA REDAÇÃO

O Conselho de Segurança da ONU chegou a um acordo sobre o funcionamento do tribunal que irá julgar os suspeitos de envolvimento no assassinato do premiê libanês Rafik Hariri, em fevereiro de 2005. O documento com as regras foi recebido ontem pelo governo libanês, para que dê ou não seu aval.
Fontes libanesas disseram que o tribunal, a ser composto por juízes estrangeiros e libaneses, não terá o poder de julgar ou questionar chefes de Estado, e que o assassinato não seria definido como um crime contra a humanidade nem ataque terrorista.
Hariri foi vítima de um atentado que matou outras 22 pessoas. O crime, que provocou manifestações maciças contra a Síria e o fim de três décadas de presença militar síria no Líbano, está sendo investigado por uma comissão da ONU liderada pelo procurador belga Serge Brammertz.
A investigação indicou a participação de altos funcionários de segurança sírios e libaneses no caso. A Síria nega envolvimento.
A proposta sobre o tribunal foi entregue ao premiê libanês, Fouad Siniora, e ao filho de Hariri, Saad, que é líder da maioria no Parlamento. É preciso que o documento seja aprovado pelo gabinete e então enviado ao Parlamento, para que seja transformado em lei.
A entrega do documento coincide com o aumento da pressão do Hizbollah, que tem ligações com a Síria, para ter uma participação maior dentro do gabinete libanês. Essa pressão é interpretada como uma tentativa do grupo radical xiita de assegurar cadeiras no gabinete suficientes para bloquear a formação do tribunal.
O presidente Émile Lahoud, que é pró-Síria, levantou uma série de objeções à versão anterior do documento. Lahoud diz que cabe a ele a decisão final sobre a corte.


Com agências internacionais

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