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Obama diz que "nenhuma crença" justifica massacre em base no Texas
Presidente americano participa de funeral das 13 vítimas de ataque de atirador
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse ontem que
"nenhuma crença justifica os
atos homicidas e covardes" na
base militar de Fort Hood. O
presidente participou ontem
de cerimônia em memória das
13 vítimas do tiroteio da última
quinta-feira.
Em discurso durante o funeral, Obama citou nomes e detalhes sobre cada uma das vítimas. Disse que o país garante a
liberdade religiosa e a premissa
da igualdade de homens e mulheres. Para o presidente, o atirador terá de enfrentar a Justiça "nesta vida e na próxima".
"Somos uma nação de leis cujo compromisso com a Justiça é
tão duradouro que cuidamos
do atirador e damos a ele o processo devido, assim tão certamente quanto nós veremos que
ele pagará pelos seus crimes."
O major Nidal Malik Hasan,
acusado de ser o autor dos disparos, permaneceu ontem no
hospital. A Comissão de Segurança Doméstica do Senado
anunciou que pretende conduzir uma investigação sobre o tiroteio, que começará com audiências públicas na próxima
semana. O objetivo é verificar
as motivações de Hasan e se as
autoridades ignoraram indícios
de comportamento violento.
"Os militares têm de estar
preparados para detectar sinais
de alerta para violência potencial", disse a senadora republicana Susan Collins.
Hasan deverá ser julgado em
tribunal militar, segundo oficiais. Agências de inteligência
dos EUA detectaram troca de e-mails no ano passado entre Hasan e o imã Anwar al Aulaqi, radical islâmico que condena o
país por participar de uma
guerra contra muçulmanos. Na
época, não houve inquérito do
FBI porque não foram encontrados indícios suficientes.
Em junho de 2007, quando
atuava como residente em psiquiatria no Walter Reed Army
Medical Center, Hasan fez uma
palestra para supervisores e para a equipe de saúde mental sobre ameaças que os militares
poderiam enfrentar por contar
no Exército com muçulmanos
em conflito com o fato de estarem lutando em países islâmicos. "Está ficando cada vez
mais difícil para os muçulmanos em ação justificar moralmente estarem em um Exército
que parece se engajar constantemente contra companheiros
muçulmanos", disse.
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