São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Fundo para vítimas do nazismo é desfalcado em US$ 42 milhões

Fraude teve ajuda de funcionários de grupo que distribui ajuda

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Dois fundos criados para oferecer ajuda a sobreviventes do Holocausto foram desfalcados em cerca de US$ 42 milhões com a ajuda de pessoas que supostamente deveriam administrar as verbas.
Autoridades federais dos EUA informaram anteontem que 17 pessoas envolvidas foram acusadas formalmente.
Segundo o procurador Preet Bharara, que revelou o esquema -que já durava uma década- , o dinheiro foi roubado em uma "fraude perversa" da Conferência sobre Reclamações Materiais Judias contra a Alemanha.
O grupo sem fins lucrativos distribui fundos fornecidos pelo governo alemão.
Mais de 5.500 pedidos de ajuda fraudulentos foram aprovados. Com isso, milhões de dólares foram pagos para pessoas que não se qualificavam para receber ajuda.
O promotor eximiu a conferência de culpa. Ele explicou que os acusados recrutavam imigrantes em Nova York, de idade avançada, vindos do Leste Europeu e da Europa Central.
Eles submetiam documentos falsos, nos quais pediam indenização alegando terem sido vítimas do nazismo.
Em comunicado, a conferência informou que nenhuma vítima do Holocausto ficou sem receber ajuda devido às irregularidades.
"Estamos indignados que indivíduos tenham roubado dinheiro destinado a sobreviventes do pior crime da história para enriquecimento próprio", disse o presidente do grupo, Julius Berman.
As 17 pessoas foram acusadas de conspiração para fraude postal. A pena pode passar de 20 anos de prisão.


Texto Anterior: Minha história - Relik Shafir, 56: 20 anos em 60 segundos
Próximo Texto: Foco: Imigrantes fazem greve de fome em guindaste na Itália
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.