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Irã recusa mudar programa nuclear
DA REDAÇÃO
No mesmo dia em que, em seu
discurso na cerimônia de entrega
do Prêmio Nobel, Mohamed el
Baradei alertou para a ameaça
que representa o arsenal nuclear
espalhado pelo mundo, o Irã reforçou sua posição de não abandonar suas pretensões de enriquecer urânio.
O chefe da Organização Atômica do Irã, Gholamreza Aghazadeh, afirmou em entrevista que
seu país dará continuidade ao
processo de enriquecimento de
urânio e produção de combustível nuclear a despeito das pressões dos EUA e da União Européia para que abandone a idéia.
Aghazadeh também rejeitou a
sugestão de que o programa nuclear fosse entregue nas mãos da
Rússia, que produziria o combustível e o entregaria aos iranianos.
A oferta dos europeus é uma tentativa de superar o impasse criado
pelo anúncio que o Irã fez, em
agosto último, de que retomaria o
processo de enriquecimento de
urânio.
Desde então os EUA e as potência nucleares da União Européia
-Reino Unido, Alemanha e
França- têm protestado contra
Teerã, por temerem que sua intenção seja produzir armamento
nuclear. O próprio Mohamed el
Baradei já havia dito, na semana
passada, que a paciência do Ocidente com o Irã estava "se esgotando". No entanto Teerã afirma
que seu programa nuclear visa exclusivamente a fins pacíficos.
Com a rejeição da transferência
do processo para as mãos russas,
o Irã tornou mais difícil um acordo com europeus e americanos,
os quais ameaçam levar o caso ao
Conselho de Segurança da ONU,
que pode impor sanções ao Irã.
Sobre a proposta de condução
russa do processo, Gholamreza
Aghazadeh afirmou que "a Rússia
nem mesmo apresentou uma
proposta oficial pra nós. Ela só levantou idéias que têm falhas sérias".
Com agências internacionais
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