São Paulo, terça-feira, 11 de dezembro de 2007

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Começa em Lima julgamento de Fujimori por massacres de civis

Ex-presidente, que pode pegar 30 anos, alegou inocência e defendeu seu governo

DA REDAÇÃO

Começou ontem, em Lima, o julgamento por violações de direitos humanos do ex-presidente peruano Alberto Fujimori. A Promotoria acusa Fujimori de ordenar dois massacres de civis, em 1991 e 1992.
Os massacres, em que mais de 20 pessoas foram mortas, são atribuídos ao Grupo Colina, um comando de extermínio formado por membros do Exército peruano e que combatia o grupo rebelde maoísta Sendero Luminoso.
A acusação pede 30 anos de detenção para o ex-presidente, que governou o país de 1990 a 2000. Fujimori tem hoje 69 anos de idade e pode se beneficiar da prisão domiciliar caso seja condenado depois de julho do ano que vem, quando completa 70 anos.
Ao tomar a palavra no tribunal, estabelecido na Direção de Operações Especiais da Polícia, onde está detido, Fujimori alegou inocência e defendeu, exaltado, com o dedo em riste, suas realizações na Presidência.
"Meu governo resgatou os direitos humanos de 25 milhões de peruanos, sem exceção. Se algum ato detestável foi cometido, eu o condeno. Mas não foram ordens minhas", disse o ex-presidente diante dos três juízes da Suprema Corte.
Alberto Fujimori responde ainda por dois casos de seqüestro e tortura, de um jornalista e um empresário, em 1992, e, separadamente, a cinco acusações de corrupção.
O julgamento foi suspenso, para ser retomado amanhã, após o médico de Fujimori dizer aos juízes, durante o recesso da corte, que seu paciente tivera uma crise de hipertensão. O recesso deu-se pouco depois que Fujimori se manifestou.


Com agências internacionais


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