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Começa em Lima julgamento de Fujimori por massacres de civis
Ex-presidente, que pode pegar 30 anos, alegou inocência e defendeu seu governo
DA REDAÇÃO
Começou ontem, em Lima, o
julgamento por violações de direitos humanos do ex-presidente peruano Alberto Fujimori. A Promotoria acusa Fujimori de ordenar dois massacres de
civis, em 1991 e 1992.
Os massacres, em que mais
de 20 pessoas foram mortas,
são atribuídos ao Grupo Colina,
um comando de extermínio
formado por membros do
Exército peruano e que combatia o grupo rebelde maoísta
Sendero Luminoso.
A acusação pede 30 anos de
detenção para o ex-presidente,
que governou o país de 1990 a
2000. Fujimori tem hoje 69
anos de idade e pode se beneficiar da prisão domiciliar caso
seja condenado depois de julho
do ano que vem, quando completa 70 anos.
Ao tomar a palavra no tribunal, estabelecido na Direção de
Operações Especiais da Polícia,
onde está detido, Fujimori alegou inocência e defendeu, exaltado, com o dedo em riste, suas
realizações na Presidência.
"Meu governo resgatou os direitos humanos de 25 milhões
de peruanos, sem exceção. Se
algum ato detestável foi cometido, eu o condeno. Mas não foram ordens minhas", disse o
ex-presidente diante dos três
juízes da Suprema Corte.
Alberto Fujimori responde
ainda por dois casos de seqüestro e tortura, de um jornalista e
um empresário, em 1992, e, separadamente, a cinco acusações de corrupção.
O julgamento foi suspenso,
para ser retomado amanhã,
após o médico de Fujimori dizer aos juízes, durante o recesso da corte, que seu paciente tivera uma crise de hipertensão.
O recesso deu-se pouco depois
que Fujimori se manifestou.
Com agências internacionais
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