das agências internacionais

O Parlamento alemão cogita investigar Wolgang Schaeuble, líder da oposição conservadora, que admitiu ter recebido a doação de US$ 50 mil de um negociante de armas, Karlheinz Schreiber, após a informação ter sido publicada pela imprensa.
Schaeuble negou que irá renunciar, mesmo admitindo que tomou parte no escândalo de financiamento de campanhas e contas secretas que envolve o ex-chanceler (premiê) Helmut Kohl.
Há denúncias de que a doação aceita por ele estaria diretamente ligada à liberação de um projeto industrial ao qual Schreiber estava ligado.
"Não tenho nada a esconder", disse Schaeuble. Ele é líder da CDU (União Democrata Cristã) desde que Kohl deixou o cargo de chanceler, que ocupou de 1982 a 1998.
A CDU manteve durante anos contas secretas para receber doações com o objetivo de financiar as campanhas eleitorais do partido. O então chanceler Kohl foi responsável por elas e a descoberta de sua existência, mês passado, levou à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Promotores alemães também investigam o ex-chanceler e podem indiciá-lo criminalmente. Enquanto isso, a atual liderança do partido tentava se distanciar do escândalo de Kohl.
As contas são ilegais pelas regras eleitorais do país, que adotam um sistema de financiamento estatal parcial como forma de evitar o abuso do poder econômico. Nesse sistema, as doações de particulares são limitadas por lei, e o Estado financia outra parte.
O atual chanceler, o social-democrata Gerhard Schroeder, exigiu que a CDU se explicasse. Ele está em campanha no Estado de Schleswig-Holstein, onde os sociais-democratas esperam conservar o governo nas eleições do próximo mês. O partido vem de uma série de derrotas nos Estados para a CDU.


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