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Estudantes recebem pílulas
de Paris
Desde o dia 6, quando foi publicada a regulamentação elaborada
por Ségolène Royal, ministra delegada do Ensino Escolar, a pílula
do dia seguinte (Norvello) é distribuída gratuitamente às jovens
nas escolas da França.
A medida, que gerou controvérsia, tem como um de seus principais objetivos evitar o alto número de casos de gravidez indesejada
registrado entre as adolescentes
-10 mil por ano, dos quais 6.500
resultam em aborto.
A pílula, que é vendida em farmácias desde junho passado, interrompe a gravidez se ingerida
até 72 horas após a relação sexual.
Ela tem 95% de eficácia se ingerida antes de 24 horas. Nas escolas e
colégios, ela deverá ser distribuída por enfermeiras.
"Deve ser numa situação de urgência. A enfermeira proporá à
jovem que avise a família, a informará sobre formas de planejamento familiar e fará com que ela
procure um aconselhamento psicológico", diz a ministra.
Mas as associações de pais e
professores protestaram. Christian Janet, da Peep (pais de alunos
do ensino público) disse que foi
"colocada diante do fato consumado". Segundo a associação de
pais de alunos do ensino privado,
"a medida pode reforçar um desequilíbrio psicológico e afetivo".
As enfermeiras ficaram divididas: sabem que podem ajudar as
jovens que as procuram, mas alegam que o acesso fácil à pílula pode estimular a relação sexual precoce e o sexo sem proteção.
(FG)
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