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Infiltração do Hamas entre civis dificulta invasão
DO "NEW YORK TIMES", EM JERUSALÉM
A batalha urbana na densamente povoada faixa de Gaza
envolve novas táticas, adaptação rápida e truques letais.
O Hamas, com treinamento
do Irã e do Hizbollah, usou os
dois últimos anos para fazer de
Gaza um labirinto mortífero de
túneis, armadilhas explosivas e
sofisticadas bombas de controle remoto. Há armas escondidas em mesquitas, escolas e em
residências civis, e a sala de
guerra da liderança do movimento fica em uma casamata
sob o maior hospital de Gaza,
dizem agentes dos serviços de
inteligência de Israel.
Os militantes do Hamas estão combatendo em trajes civis;
até mesmo os policiais foram
instruídos a deixar de lado seus
uniformes. Os militantes emergem dos túneis e disparam armas automáticas ou mísseis antitanques e depois voltam a
procurar proteção sob a terra.
O Exército israelense também veio preparado. Todos os
soldados estão equipados com
coletes blindados e capacetes
de material cerâmico. As unidades dispõem de cachorros
treinados para farejar explosivos e pessoas em túneis.
Para evitar as armadilhas explosivas, eles entram nos edifícios derrubando paredes laterais. Dentro, se movem de sala
em sala, abrindo buracos nas
paredes internas a fim de evitar
exposição a atiradores.
Os israelenses estão usando
novas armas, como uma bomba
inteligente de pequeno diâmetro, a GBU-39. Ela conta com
uma pequena carga explosiva,
para minimizar os danos colaterais em áreas urbanas. Mas é
capaz de penetrar no solo e
atingir casamatas ou túneis.
Funcionários dos serviços de
inteligência israelenses estão
ligando para moradores de Gaza e, falando árabe, fingem ser
simpáticos à causa palestina.
Depois de expressar horror
diante da guerra, os agentes
perguntam se a família apoia o
Hamas e se há combatentes do
movimento nas cercanias.
Uma nova arma foi desenvolvida para combater a tática do
Hamas de pedir que civis fiquem no telhado dos edifícios a
fim de evitar bombardeios. Os
israelenses rebatem essa tática
com um míssil cuja paradoxal
função é não explodir. Os mísseis são apontados para áreas
desocupadas dos telhados, para
assustar os moradores e levá-los a deixar os edifícios.
Os civis são alertados a abandonar as áreas de batalha. Mas
as tropas estão instruídas a cuidar primeiro de sua proteção e
depois da segurança dos civis.
Como disse o líder da Yahalom, unidade de engenharia de
combate de elite do Exército, à
imprensa israelense na quarta:
"Agimos com muita violência.
Não hesitamos em recorrer a
qualquer método que proteja a
vida dos nossos soldados".
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