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Gates defende suspender volta de tropas do Iraque
Redução de contingente será interrompida após julho
DA REDAÇÃO
O secretário da Defesa dos
Estados Unidos, Robert Gates,
defendeu ontem uma pausa na
retirada das tropas americanas
do Iraque, citando a situação
instável no país.
"A idéia de um breve período
de consolidação e avaliação
provavelmente faz sentido",
afirmou Gates a jornalistas, durante breve "visita-surpresa" a
Bagdá, sem especificar a duração da interrupção.
"A situação no Iraque continua sendo frágil", disse Gates,
após uma reunião de duas horas com o comandante das forças militares dos EUA no Iraque, general David Petraeus. Os
dois chegaram a um acordo para que haja uma pausa na redução do contingente americano
depois da retirada de cinco brigadas de combate do território
prevista para julho deste ano.
No ano passado, o presidente
George W. Bush enviou reforço
de 30 mil homens ao Iraque para tentar conter o avanço da
violência entre xiitas e sunitas.
O número de soldados chegou a
a160 mil. De lá para cá, o quadro de tropas começou a ser reduzido com a melhoria das condições de segurança no país e
com o aumento da presença do
Exército iraquiano.
Em julho, as forças americanas no Iraque terão 130 mil homens, o mesmo total registrado
antes do envio de reforços no
começo de 2007. Tal patamar
deve ser mantido até o final de
2008, pelo acordo de Gates e
Petraeus, e será herdado pelo
presidente que, eleito em novembro deste ano, assumirá em
janeiro de 2009.
Os dois principais pré-candidatos da oposição democrata à
Presidência, Hillary Clinton e
Barack Obama, são contra a
suspensão da retirada, enquanto os republicanos John
McCain e Mike Huckabee defendem que os comandantes
militares em campo decidam o
momento de sair.
A situação de segurança no
país, invadido pelos EUA em
março de 2003, melhorou relativamente. O número de atentados e ataques caiu 60% desde
junho último, mas os militares
afirmam que a Al Qaeda, embora enfraquecida, ainda representa perigo em potencial.
No domingo, uma série de
atentados matou cerca de 50
pessoas em duas cidades no
norte do Iraque. Pouco antes de
Gates deixar Bagdá, dois carros-bomba explodiram na capital, deixando cinco mortos.
Com agências internacionais
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