São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Reino Unido decide no dia 24 se Assange vai ser extraditado

Criador do WikiLeaks é acusado de estupro na Suécia; ele nega e vê motivação política

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

A Justiça do Reino Unido marcou para o dia 24 deste mês a decisão sobre a extradição ou não de Julian Assange, criador do WikiLeaks, para a Suécia.
Ele é suspeito de ter molestado sexualmente uma mulher e estuprado outra naquele país, o que nega.
Ontem foram ouvidas as alegações finais da defesa e da acusação.
Os advogados de Assange voltaram a dizer que ele não pode ser extraditado porque não teria processo justo na Suécia, onde, afirmam, é visto como "inimigo do povo".
Usaram como exemplo uma fala do premiê sueco, Fredrik Reinfeldt, que, ao comentar o caso Assange no Parlamento na terça, afirmou que o país "não tolera abusos sexuais nem estupro".
A Promotoria alega que Assange precisa ser ouvido na investigação, que terá amplo direito de defesa e que não se trata de perseguição política, mas crime sexual.
Assange e seus advogados insistem que a Suécia está agindo sob influência dos EUA, que ficaram contrariados pelo fato de o WikiLeaks ter divulgado papéis secretos de seus diplomatas.
Enquanto espera a decisão, Assange continua em uma espécie de prisão domiciliar no interior da Inglaterra. Ele é obrigado a se apresentar à polícia todos os dias e a usar um dispositivo eletrônico que monitora seus movimentos.
Mesmo que a Justiça defina pela sua extradição, ele ainda poderá recorrer no próprio Reino Unido e também na corte da União Europeia.


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