São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Depois de referendo, conflitos no sul do Sudão matam 105

Embate ocorre entre o Exército da região e facção rebelde contrária à independência

DA ASSOCIATED PRESS

Dois dias de conflito entre o Exército do sul do Sudão e uma facção rebelde deixaram 105 mortos, entre os quais 39 civis.
A violência chega dias depois do anúncio da aprovação da independência do sul do país em referendo.
Um ex-alto integrante do comando militar da região, que se rebelou contra o governo sulista após as eleições de abril, rompeu o cessar-fogo ao atacar as cidades de Fangak e Dor na última quarta-feira, afirmou o coronel Philip Aguer, porta-voz do Exército do Sul.
As tropas do comandante George Athor invadiram Fangak na quarta-feira e os combates continuaram durante o dia seguinte, até a área ser retomada pelo Exército, de acordo com o porta-voz.
Não havia relato de novos embates hoje. O grupo Médicos sem Fronteiras está na região para atender os feridos.
Segundo o coronel, além dos 39 civis, foram mortos 24 policiais e soldados do sul e 42 homens da facção.
Em setembro, o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, ofereceu anistia a Athor e a outros homens que se levantaram contra o governo.
Em 5 de janeiro, quatro dias antes do referendo sobre a independência, Athor havia firmado um cessar-fogo com o Exército.
O porta-voz da ONU Kouider Zerrouk disse que a missão no Sudão "está muito preocupada sobre o novo confronto".
A opção pela secessão foi aprovada por quase 99% da população, de acordo com os resultados finais divulgados esta semana.
Em julho, o sul do Sudão deve se tornar o mais novo país do mundo.
O referendo sela um acordo de paz de 2005, que acabou com mais de duas décadas de guerras entre o norte e o sul do país.


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