DA REDAÇÃO

Pelo menos 300 advogados e ativistas paquistaneses foram presos ontem, em um esforço do governo para sufocar a marcha à capital convocada pela oposição, que exige o retorno de juízes afastados pelo ex-ditador Pervez Musharraf. As prisões em massa remetem à repressão e ao tumulto social que culminaram na renúncia de Musharraf, em agosto.
Policiais bloqueiam acessos a Islamabad para impedir a chegada dos ativistas, que mantiveram o protesto convocado para hoje, proibido pelo governo. O embate opõe Nawaz Sharif -líder da maior legenda de oposição, o nacionalista e islamista moderado PLM-N - e o presidente Asif Ali Zardari, viúvo da ex-premiê assassinada Benazir Bhutto.
Sharif e o irmão, que governava o mais rico Estado paquistanês, foram declarados inelegíveis há duas semanas. O presidente da Suprema Corte é aliado de Zardari, que descumpriu promessa de restituir Iftikhar Chaudhry, ícone da resistência a Musharraf. A volta do juiz poderia levar à reabertura de ações contra Zardari, suspensas.

Com agências internacionais


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