São Paulo, sexta-feira, 12 de março de 2010

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VENEZUELA

Comitiva brasileira vê risco de colapso energético venezuelano

FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS

A pedido da Venezuela, uma comitiva de técnicos brasileiros realizou uma visita à maior usina hidrelétrica do país para tentar minimizar os efeitos da longa estiagem que vem provocando a maior crise energética do país desde o início do governo Hugo Chávez, há 11 anos.
Responsável pelo abastecimento de 60% da demanda venezuelana, o reservatório de água da usina de Guri deve atingir um nível crítico já no mês que vem, segundo projeção desta semana.
De acordo com informações oficiais repassadas à missão brasileira, a falta de água já faz que Guri produza apenas 55% de sua capacidade instalada, de cerca de 10 mil megawatts. A pouca produção tem levado Chávez a adotar duras medidas de racionamento, como cortes de até três horas diárias em várias regiões do país.
Um dos integrantes da comitiva, o assistente da presidência da Eletronorte Ricardo Gonçalves Rios, disse que ainda é difícil prever o que acontecerá caso o reservatório chegue ao nível crítico e que a paralisação ou não das turbinas dependerá de análise técnica.
Rios afirmou que há o risco de o sistema elétrico venezuelano entrar em colapso, caso a diferença entre a produção e a demanda fique muito grande. Ele definiu "colapso" como um racionamento mais severo.
Sobre o corte da energia venezuelana exportada para Roraima, Rios disse que o cronograma inicial está mantido, pelo qual haverá uma redução de 60% até meados deste mês.
Hoje, a comitiva brasileira apresentará a técnicos do governo venezuelano propostas técnicas para que Guri melhore a produção.


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