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VENEZUELA
Comitiva brasileira vê risco de colapso energético venezuelano
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
A pedido da Venezuela,
uma comitiva de técnicos
brasileiros realizou uma visita à maior usina hidrelétrica
do país para tentar minimizar os efeitos da longa estiagem que vem provocando a
maior crise energética do
país desde o início do governo Hugo Chávez, há 11 anos.
Responsável pelo abastecimento de 60% da demanda
venezuelana, o reservatório
de água da usina de Guri deve
atingir um nível crítico já no
mês que vem, segundo projeção desta semana.
De acordo com informações oficiais repassadas à
missão brasileira, a falta de
água já faz que Guri produza
apenas 55% de sua capacidade instalada, de cerca de 10
mil megawatts. A pouca produção tem levado Chávez a
adotar duras medidas de racionamento, como cortes de
até três horas diárias em várias regiões do país.
Um dos integrantes da comitiva, o assistente da presidência da Eletronorte Ricardo Gonçalves Rios, disse que
ainda é difícil prever o que
acontecerá caso o reservatório chegue ao nível crítico e
que a paralisação ou não das
turbinas dependerá de análise técnica.
Rios afirmou que há o risco
de o sistema elétrico venezuelano entrar em colapso,
caso a diferença entre a produção e a demanda fique
muito grande. Ele definiu
"colapso" como um racionamento mais severo.
Sobre o corte da energia
venezuelana exportada para
Roraima, Rios disse que o
cronograma inicial está
mantido, pelo qual haverá
uma redução de 60% até
meados deste mês.
Hoje, a comitiva brasileira
apresentará a técnicos do governo venezuelano propostas técnicas para que Guri
melhore a produção.
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