São Paulo, sábado, 12 de abril de 2008

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Atentado mata em Najaf líder local de milícia xiita iraquiana

DA REDAÇÃO

Um dos auxiliares diretos do dirigente radical xiita Moqtada al Sadr foi assassinado ontem nas imediações de Najaf, em atentado que pode azedar ainda mais as relações entre grupos confessionais no Iraque e prejudicar o plano americano de diminuição da violência.
Sadr acusou os Estados Unidos e o governo iraquiano pelo atentado. Riyadh al Nouri era o representante em Najaf do clérigo e também seu concunhado. Ele foi alvejado em seu automóvel, quando voltava das orações na cidade de Kufa.
Sadr vinha respeitando há sete meses um cessar-fogo com as forças de segurança iraquianas e com o Exército americano. Mas em março uma ala de seu movimento, o Exército do Mehdi, entrou em confronto aberto com forças regulares em Basra, cidade portuária ao sul.
A repressão aos milicianos teve como resposta uma rebelião em Cidade Sadr, região de Bagdá habitada por xiitas de baixa renda e base operacional de Sadr, desde domingo submetida a uma "operação de limpeza" apoiada por helicópteros americanos.
Para evitar o acirramento dos conflitos, a polícia e o Exército iraquianos tomaram ontem as principais ruas de Najaf e impuseram o toque de recolher. Segundo a Reuters, carros oficiais com alto-falantes determinaram o fechamento de lojas e aconselharam as pessoas a voltarem para suas casas.
O próprio Sadr, apesar de acusar os Estados Unidos de "agressividade traiçoeira" e de qualificar o concunhado de "mártir", determinou que seus seguidores mantivessem a calma e não se envolvessem "em outras conspirações".
Em Bagdá, um morteiro foi ontem lançado contra o hotel Palestina, que em geral hospeda jornalistas estrangeiros. Não há informação de feridos.


Com agências internacionais


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