São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

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SAÚDE

Só 6,7% dos infectados em países pobres têm remédios

Ênfase da luta contra Aids deve ser colocada no tratamento, diz OMS

DA REDAÇÃO

Os países em desenvolvimento devem direcionar seus esforços no combate à Aids na criação de pequenas clínicas comunitárias para o tratamento da doença como forma de fortalecer a prevenção. Essa é uma das conclusões que fazem parte do "Relatório da Saúde Mundial 2004", lançado ontem em Genebra (Suíça) pela Organização Mundial da Saúde.
Segundo a OMS, constatou-se nos locais em que houve a implementação de programas de tratamento que eles ajudam os esforços de prevenção porque levam a um aumento da demanda por testes e aconselhamento sobre a doença. Por sua vez, com mais informação à disposição, acontece uma prevenção mais eficaz daqueles que não foram infectados e uma redução significativa das chances de portadores do HIV passarem adiante o vírus.
Richard Feachem, diretor-executivo do Fundo Global para a Aids, disse que o dinheiro já não é mais o principal obstáculo no combate à doença e sim a capacidade dos países de fornecer remédios àqueles que precisam.
Estima-se que hoje existam entre 34 milhões e 46 milhões de infectados com o HIV no mundo -dois terços deles estão na África. De acordo com a OMS, dos 6 milhões de pessoas atingidas pela Aids nos países em desenvolvimento, somente 400 mil (6,7%) recebem tratamento médico.
O Brasil recebe várias citações positivas no relatório de 169 páginas. "O Brasil é um dos poucos países que obteve sucesso no controle da disseminação do HIV", diz o documento.


Com agências internacionais


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