São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 2008

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Autor faz parte de boom da nova ordem

DE WASHINGTON

Se a Queda do Muro de Berlim, em 1989, levou historiadores como Francis Fukuyama a proclamar o fim da história e reconhecer o novo papel dos EUA como potência hegemônica mundial, os ataques de 11 de setembro de 2001 e o fracasso da Guerra do Iraque criaram um novo boom: dos autores que tentam explicar o mundo à luz dessa "nova ordem" mundial. É o caso de Richard N. Haass.
Um dos patronos da nova onda é o jornalista Thomas Friedman, do "New York Times", com seu "O Mundo É Plano". Na mesma linha segue o jornalista Fareed Zakaria, que acaba de lançar "The Post-American World" (o mundo-pós-americano). São os chamados "autores globalistas", com equivalentes na academia como o historiador britânico Niall Ferguson ("Colossus - The Rise and Fall of the American Empire", colosso - ascensão e queda do império americano) e o norte-americano Cullen Murphy ("Are We Rome?", nós já somos Roma?).
Eles divergem em alguns pontos, como o grau e a amplidão do declínio norte-americano. Nesse sentido, Haass e Ferguson são mais otimistas. Já Zakaria, norte-americano de origem indiana que comanda as edições internacionais da revista "Newsweek", diz que o país tem de mudar sua atitude em relação ao resto do mundo, pois o mundo mudou.
Não será fácil, diz ele, que resume a velha atitude norte-americana com uma frase atribuída ao escritor Mark Twain (1835-1910): "Para um homem que tem um martelo, todo o problema se parece com um prego". (SD)


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