|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saiba mais
Autor faz parte de boom da nova ordem
DE WASHINGTON
Se a Queda do Muro de
Berlim, em 1989, levou
historiadores como Francis Fukuyama a proclamar
o fim da história e reconhecer o novo papel dos
EUA como potência hegemônica mundial, os ataques de 11 de setembro de
2001 e o fracasso da Guerra do Iraque criaram um
novo boom: dos autores
que tentam explicar o
mundo à luz dessa "nova
ordem" mundial. É o caso
de Richard N. Haass.
Um dos patronos da nova onda é o jornalista Thomas Friedman, do "New
York Times", com seu "O
Mundo É Plano". Na mesma linha segue o jornalista
Fareed Zakaria, que acaba
de lançar "The Post-American World" (o mundo-pós-americano). São os
chamados "autores globalistas", com equivalentes
na academia como o historiador britânico Niall Ferguson ("Colossus - The Rise and Fall of the American Empire", colosso - ascensão e queda do império
americano) e o norte-americano Cullen Murphy
("Are We Rome?", nós já
somos Roma?).
Eles divergem em alguns pontos, como o grau
e a amplidão do declínio
norte-americano. Nesse
sentido, Haass e Ferguson
são mais otimistas. Já Zakaria, norte-americano de
origem indiana que comanda as edições internacionais da revista "Newsweek", diz que o país tem
de mudar sua atitude em
relação ao resto do mundo, pois o mundo mudou.
Não será fácil, diz ele,
que resume a velha atitude
norte-americana com
uma frase atribuída ao escritor Mark Twain (1835-1910): "Para um homem
que tem um martelo, todo
o problema se parece com
um prego".
(SD)
Texto Anterior: Entrevista da 2ª - Richard N. Haass: Na era não-polar, EUA não podem mais ser sozinhos Próximo Texto: Frases Índice
|