São Paulo, terça-feira, 12 de maio de 2009

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Premiê corteja Egito, mas evita tema palestino

DA ASSOCIATED PRESS

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, lançou ontem, em visita ao Egito, uma mensagem apaziguadora aos árabes, mas esquivou-se de responder ao ditador Hosni Mubarak, que o havia instado a aceitar a criação de um Estado palestino.
O aceno aos árabes foi feito em declarações à imprensa, após reunião a portas fechadas de mais de duas horas entre os dois líderes, no balneário de Sharm el Sheikh.
Num tom que destoa de sua habitual retórica de confronto, Netanyahu citou os 30 anos de laços diplomáticos com o Egito como prova de que Israel está disposto a ter boas relações com os vizinhos árabes.
"Vim aqui para fortalecer os elos entre o antigo povo judaico e a grande nação árabe (...). Israel quer a paz com todos os Estados árabes", disse o premiê, que visitará a também aliada Jordânia na sexta-feira.
Netanyahu exortou os governos da região a se unirem a Israel no combate ao "extremismo", numa referência ao Irã.
Israel encara o programa nuclear iraniano como uma ameaça à sua existência e quer costurar uma frente regional para conter Teerã. Os iranianos dizem que enriquecem urânio para produzir energia elétrica, não bombas.
Mubarak, embora compartilhe a preocupação com o Irã, absteve-se de responder a Netanyahu. O egípcio está irritado com a insistência do israelense em rejeitar a criação de um Estado palestino, norte das conversas de paz desde os Acordos de Oslo (1993).
Ontem, Mubarak voltou a cobrar de Netanyahu "posições positivas (...) que sigam a solução de dois Estados".
O premiê eludiu a cobrança, afirmando que esperava retomar negociações com os "vizinhos palestinos" nas próximas semanas. Em vez de um Estado autônomo, Netanyahu defende a criação de "zonas econômicas" palestinas.


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