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Premiê corteja Egito, mas evita tema palestino
DA ASSOCIATED PRESS
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, lançou ontem,
em visita ao Egito, uma mensagem apaziguadora aos árabes,
mas esquivou-se de responder
ao ditador Hosni Mubarak, que
o havia instado a aceitar a criação de um Estado palestino.
O aceno aos árabes foi feito
em declarações à imprensa,
após reunião a portas fechadas
de mais de duas horas entre os
dois líderes, no balneário de
Sharm el Sheikh.
Num tom que destoa de sua
habitual retórica de confronto,
Netanyahu citou os 30 anos de
laços diplomáticos com o Egito
como prova de que Israel está
disposto a ter boas relações
com os vizinhos árabes.
"Vim aqui para fortalecer os
elos entre o antigo povo judaico
e a grande nação árabe (...). Israel quer a paz com todos os Estados árabes", disse o premiê,
que visitará a também aliada
Jordânia na sexta-feira.
Netanyahu exortou os governos da região a se unirem a Israel no combate ao "extremismo", numa referência ao Irã.
Israel encara o programa nuclear iraniano como uma ameaça à sua existência e quer costurar uma frente regional para
conter Teerã. Os iranianos dizem que enriquecem urânio
para produzir energia elétrica,
não bombas.
Mubarak, embora compartilhe a preocupação com o Irã,
absteve-se de responder a Netanyahu. O egípcio está irritado
com a insistência do israelense
em rejeitar a criação de um Estado palestino, norte das conversas de paz desde os Acordos
de Oslo (1993).
Ontem, Mubarak voltou a cobrar de Netanyahu "posições
positivas (...) que sigam a solução de dois Estados".
O premiê eludiu a cobrança,
afirmando que esperava retomar negociações com os "vizinhos palestinos" nas próximas
semanas. Em vez de um Estado
autônomo, Netanyahu defende
a criação de "zonas econômicas" palestinas.
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