DA ASSOCIATED PRESS

Quatro dos 17 chineses uigures detidos desde 2001 na prisão da base militar americana de Guantánamo (Cuba) chegaram ontem à ilha de Bermudas, no oceano Atlântico, após acordo entre o governo local e os EUA. Nesta semana, Palau havia concordado em receber 13 deles.
Os EUA negociam destinos para os prisioneiros de Guantánamo, símbolo da "guerra ao terror" do governo George W. Bush, por temerem eventuais perseguições nos países de origem.
Ao assumir, em janeiro, o presidente Barack Obama ordenou o fechamento da prisão até janeiro de 2010.
Mas o envio dos uigures, uma minoria muçulmana do extremo oeste chinês, gerou protestos tanto do Reino Unido quanto da China.
Embora não oficialmente, funcionários da Chancelaria britânica disseram que o assunto deveria ter sido tratado com Londres -Bermudas é território autônomo britânico. A ilha disse, porém, tratar-se de assunto interno.
Já Pequim reclama o retorno dos 17 uigures para o país, alegando tratar-se de suspeitos de terrorismo que devem ser julgados na China.
Todos eles já haviam sido considerados não perigosos pelos EUA e aguardavam apenas a definição do destino para serem libertados.
O Departamento da Justiça dos EUA anunciou também o envio de dois outros presos para Chade e Iraque.


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