São Paulo, quarta-feira, 12 de setembro de 2001

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Bush pode pedir "fast track" antiterror

DA REDAÇÃO

Pedir ao Congresso um "fast track" antiterrorista. É esse o caminho que analistas internacionais e juristas norte-americanos acham que será o próximo passo do presidente dos EUA, depois de prometer caçar e punir os responsáveis pelos ataques de ontem a Nova York e Washington.
O presidente é o comandante-chefe das Forças Armadas, pode ordenar a mobilização de tropas, mandar porta-aviões e submarinos para onde bem entender, como forma de pressão, mas não pode declarar guerra, atribuição exclusiva do Congresso.
Num clima de comoção popular como o que se instalou, seria fácil agora aprovar uma declaração de guerra no Congresso. Políticos como o ex-secretário de Estado George Schultz e o senador republicano John McCain (republicano) já disseram que o país sofreu um "ato de guerra".
O problema é: os EUA vão declarar guerra contra quem?
A solução para o impasse constitucional pode passar por uma resolução conjunta das duas Casas do Congresso -Senado e Câmara dos Representantes (deputados)- dando ao presidente "poderes para atuar com maior liberdade", disse à Folha, por telefone, o jurista americano Thomas W. Winwood. "Seria sim um "fast track" antiterrorista", afirmou.
"Usá-la (a expressão "fast track') como fonte de autorização para uso de força militar é uma analogia inédita no sistema político, mas não está errada", ponderou o professor Douglas C. Lovelace, do Strategic Studies Institute.

Leia mais sobre os atentados nos EUA na Folha Online


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