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Bush pode pedir "fast track" antiterror
DA REDAÇÃO
Pedir ao Congresso um "fast
track" antiterrorista. É esse o caminho que analistas internacionais e juristas norte-americanos
acham que será o próximo passo
do presidente dos EUA, depois de
prometer caçar e punir os responsáveis pelos ataques de ontem a
Nova York e Washington.
O presidente é o comandante-chefe das Forças Armadas, pode
ordenar a mobilização de tropas,
mandar porta-aviões e submarinos para onde bem entender, como forma de pressão, mas não
pode declarar guerra, atribuição
exclusiva do Congresso.
Num clima de comoção popular como o que se instalou, seria
fácil agora aprovar uma declaração de guerra no Congresso. Políticos como o ex-secretário de Estado George Schultz e o senador
republicano John McCain (republicano) já disseram que o país sofreu um "ato de guerra".
O problema é: os EUA vão declarar guerra contra quem?
A solução para o impasse constitucional pode passar por uma
resolução conjunta das duas Casas do Congresso -Senado e Câmara dos Representantes (deputados)- dando ao presidente
"poderes para atuar com maior liberdade", disse à Folha, por telefone, o jurista americano Thomas
W. Winwood. "Seria sim um "fast
track" antiterrorista", afirmou.
"Usá-la (a expressão "fast track')
como fonte de autorização para
uso de força militar é uma analogia inédita no sistema político,
mas não está errada", ponderou o
professor Douglas C. Lovelace, do
Strategic Studies Institute.
Leia mais sobre os atentados nos EUA na Folha Online
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