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SUCESSÃO NOS EUA / CAMPANHA QUENTE
Na primeira entrevista, Palin defende força contra Rússia
Candidata a vice republicana critica Irã e faz apologia a ataques preventivos
Questionada pela sua falta de credenciais em política externa, governadora do Alasca afirma que está "pronta para governar"
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
Ao se dizer "pronta para ser
presidente", Sarah Palin, vice
na chapa do republicano John
McCain à Casa Branca, afirmou
em entrevista à rede de TV ABC
ontem que as ações de Moscou
em agosto contra a Geórgia
"são inaceitáveis" e não descartou um ataque ao país para defender o aliado no Cáucaso.
O ataque ocorreria, segundo
ela, caso a Geórgia fizesse parte
da Otan (aliança militar ocidental) e sofresse uma invasão.
"O tratado significa que podemos ser chamados à ação." A
candidata apóia a entrada da
Geórgia na aliança, em um processo de adesão que avança a
passos lentos. "Temos que
manter a atenção na Rússia. Invadir um país democrático sem
provocação é inaceitável."
O conflito de seis dias entre
Tbilisi e Moscou eclodiu quando o governo georgiano tentou
retomar à força a região separatista da Ossétia do Sul -sob tutela russa desde 1992 devido a
acordos internacionais. A Rússia reagiu militarmente.
Em um momento explorado
na mídia depois, Palin pareceu
confusa quando indagada sobre
seu apoio à "doutrina Bush"
-que admite ataques preventivos-, pensando se tratar da visão de mundo do presidente.
Após uma breve definição, a
governadora do Alasca respondeu que não hesitaria em empreender tais ataques se "informações legítimas de inteligência" confirmassem uma ameaça iminente. "Há terroristas islâmicos determinados a destruir a América. Devemos usar
todas as opções."
Palin tentou se mostrar diligente em uma área na qual tem
tido experiência e conhecimentos questionados -política externa. Admitiu que nunca foi ao
exterior se reunir com chefes
de Estado e que sua experiência
fora do país se resume a visitas
a Canadá, México, Kwait e Alemanha (nos dois últimos, para
visitar soldados americanos).
Ela ainda criticou o Irã, dizendo que a possibilidade de
Teerã obter armas nucleares é
"extremamente perigosa para
todos" e afirmou que, se Israel
atacasse instalações nucleares
iranianas, "não questionaria as
medidas de defesa" do aliado. O
Irã diz apenas buscar energia.
Ainda ontem, o democrata
Barack Obama e o republicano
John McCain participaram de
um Fórum transmitido ao vivo
pela TV na Universidade Columbia, onde discutiram serviço civil e voluntário.
No sétimo aniversário do 11
de Setembro, ambos deram
uma trégua nos ataques dos últimos dias e trocaram elogios.
Apresentando-se separadamente, defenderam valores básicos dos partidos sobre o tamanho do governo -mais
atuante para os democratas e
sem interferir "no que pode ser
deixado para a iniciativa privada" na visão dos republicanos.
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