DA REDAÇÃO

A polícia de Londres deteve ontem sete pessoas durante uma manifestação anti-islâmica nas proximidades de uma mesquita em construção em Harrow, subúrbio a noroeste da capital inglesa.
Dois grupos de direita, a Liga Inglesa de Defesa (EDL) e o Pare a Islamização da Europa (SIOE), haviam convocado um protesto na região -onde moram cerca de 35 mil muçulmanos- para marcar o oitavo aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 e protestar contra a construção do templo.
Outro grupo, o Unidos contra o Fascismo, convocou seus partidários para responder ao protesto. Por volta do meio dia, cerca de mil pessoas -em sua maioria, jovens de origem asiática- se concentraram na área.
A polícia foi obrigada a intervir depois que alguns muçulmanos, muitos deles mascarados, jogaram paus e pedras contra manifestantes anti-islâmicos.
Outros jovens com os rostos cobertos jogaram objetos contra policiais, que formaram um cordão para separar os dois grupos.
A polícia informou que uma pessoa foi detida por perturbação da ordem pública, e seis por posse de armas, como garrafas e um martelo.
O chefe do conselho de Harrow, David Ashton, se disse entristecido pelo fato de que "grupos provenientes de outros bairros tenham vindo aqui e causado essas desordens".
Antes do protesto de ontem, algumas lideranças da comunidade muçulmana chegaram a lamentar que a mesquita em construção tenha se tornado um alvo para partidários da direita.
O líder do SIOE, Stephen Gash, disse no início da semana que o templo não deveria ser construído "até que o ódio existente seja superado". No entanto, ele negou que o motivo da marcha de ontem fosse o racismo.
Nos últimos meses, a EDL realizou uma série de manifestações similares em outros pontos do Reino Unido.
Na semana passada, houve confrontos com movimentos antifascistas na cidade de Birmingham, no norte do país, que terminaram com mais de 30 pessoas presas.

Com agências internacionais

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