São Paulo, segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Foge para o Níger chefe militar filho de Gaddafi

Paradeiro do ditador líbio é desconhecido

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dos filhos do ditador foragido Muammar Gaddafi escapou ontem da Líbia para o Níger por uma estrada no deserto a bordo de um comboio de carros que levava oito funcionários do regime.
Saadi Gaddafi, 38, que teve uma apagada carreira de jogador de futebol na Europa, era desde 2004 um dos chefes das Forças Armadas. Segundo o governo do Níger, Saadi passou pelo mesmo ponto de fronteira por onde fugiram vários familiares e aliados do ditador desde a tomada de Trípoli por forças rebeldes, há três semanas.
Autoridades nigerinas dizem que o filho do ditador e os demais integrantes da comitiva entraram no Níger sem avisar autoridades locais e foram interceptados por soldados em patrulha e levados à cidade de Agadez.
O ministro afirmou que as nove pessoas do comboio serão levadas até a capital, Niamei, hoje ou na terça. Os Estados Unidos, que apoiam política e militarmente os rebeldes, pressionam os países vizinhos da Líbia a entregar familiares e membros do regime de Gaddafi.
O governo do Níger, que recebia dinheiro de Gaddafi, alega ter acolhido alguns partidários do regime por razões humanitárias. Com o anúncio sobre a fuga de Saadi, seguem desconhecidos apenas os paradeiros do ditador e de seu filho Saif al Islam, apontado como sucessor à frente do regime, e Mutassim, chefe da segurança nacional líbia.
A mulher de Gaddafi e três filhos do ditador fugiram para a Argélia. Um dos filhos, Khamis, teria morrido em combate com insurgentes.

CHEFE DE INTELIGÊNCIA
O chefe do serviço secreto externo de Gaddafi, Bouzaid Dorda, foi preso e está sob custódia das autoridades insurgentes em Trípoli, segundo relato da agência Reuters.
A captura de Dorda é mais uma conquista para o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão máximo do comando rebelde, que ontem anunciou a formação de um novo governo de transição nos próximos dez dias.
O CNT diz que só decretará a Líbia "libertada" depois que os últimos bastiões de resistência governista passarem ao controle rebelde. Insurgentes dizem ter diminuído a intensidade da ofensiva contra a cidade governista de Bani Walid (120 km de Trípoli) por temer mortes de civis em larga escala.


Texto Anterior: Luiz Carlos Bresser-Pereira: 11 de Setembro, dez anos depois
Próximo Texto: Brasileiro deve integrar órgão da ONU sobre Síria
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.