São Paulo, sábado, 12 de setembro de 1998

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Apoio de partido é frágil

de Washington

Se a primeira votação do processo de impeachment de Bill Clinton servir como indicador de como o Congresso se comportará no futuro do caso, ele tem motivos para se preocupar bastante.
Dos 206 deputados do partido do governo, o Democrata, só 63 votaram a favor da proposta da sua liderança de que o relatório do promotor independente fosse divulgado ao público depois de o presidente ter tido a chance de examiná-lo por, ao menos, alguns dias.
O resultado reflete as difíceis relações que Clinton tem tido com seu partido desde o início do governo.
Clinton é um "novo democrata", uma geração de políticos que se destacou nos anos 80, durante a "revolução conservadora" e que levou o partido para o centro. Embora seu centrismo tenha permitido aos democratas reconquistar a Casa Branca em 1992, Clinton nunca desfrutou da simpatia da ala tradicional do partido.
Tampouco ele se esforçou por conquistá-la. Ele e o líder do governo na Câmara, Richard Gephardt, vivem às turras, e Gephardt provavelmente desafiará o vice-presidente Al Gore pela candidatura democrata em 2000.
Agora, no entanto, Clinton precisa mais do que nunca de seu partido para sobreviver e está tentando cortejá-lo, com resultados modestos.



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