das agências internacionais

O chanceler alemão, Helmut Kohl, afirmou ontem que seu país pode rever o posicionamento de armas estratégicas em seu território caso considere que a evolução dos acontecimentos na Rússia seja uma ameaça.
"Se houver acontecimentos negativos, Deus permita que não, e aconteçam passos em direção ao passado, então teremos de discutir novamente como e para onde as armas podem ser levadas", disse Kohl durante campanha eleitoral em Reutlingen, sudoeste do país.
O chanceler, que segundo pesquisas de opinião pode deixar o poder após as eleições do final deste mês, afirmou desejar que "a Rússia encontre seu caminho rumo a um futuro democrático".
A Alemanha foi, durante décadas, um dos principais focos de tensão entre o Ocidente e a extinta URSS. O país foi dividido em dois ao final da Segunda Guerra. Uma parte ficou sob influência ocidental, outra soviética. A reunificação só ocorreu em 1990.
Apesar de ter levantado o espectro da volta da Guerra Fria, oficialmente o chanceler disse acolher a confirmação de Ievguêni Primakov como premiê "com grande satisfação". "Posso garantir que estaremos ao lado de seu país com ações e conselhos", disse Kohl em telegrama enviado a Primakov.



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