São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997.



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Prefeito ganha votos no combate ao crime

de Nova York

Os índices de criminalidade na cidade de Nova York tiveram uma queda de 44% durante o mandato de Giuliani, a maior redução dos últimos 25 anos, segundo dados da prefeitura. Só os assassinatos caíram 61% desde 93.
Essa é a principal arma do prefeito para vencer a eleição. Mesmo sendo acusado de estar estimulando a brutalidade da polícia, Giuliani tem mantido sua popularidade alta. "Não estamos estimulando esse tipo de ação da polícia. Na verdade, a punição ou demissão de um policial por má conduta é muito mais rápida atualmente do que no passado."
O prefeito também se diz preocupado em aumentar a qualidade de vida da população. Durante seu mandato, Giuliani investiu na revitalização de áreas turísticas, como na reforma de teatros na região da Broadway e na limpeza de parques e ruas principais da cidade.
De acordo com dados da Prefeitura de Nova York, 83,4% das ruas da cidade estão sendo limpas regularmente, contra 71,4% em 94.
Problemas
Nova York tem 7,5 milhões de habitantes em sua região metropolitana e muitos problemas urbanos. As melhorias implantadas pelo atual prefeito não foram suficientes, por exemplo, para diminuir o número de pessoas que vivem nas ruas ou para combater o tráfico de drogas.
A própria prefeitura admite que os problemas com as drogas chegaram a custar mais de US$ 20 bilhões ao cofres públicos nos últimos quatro anos.
A situação dos desabrigados também continua ruim. Estima-se que quase 1 milhão de pessoas vivam pelas ruas pedindo esmola.
De acordo com a prefeitura, muito do "inchaço" populacional que a cidade vive é decorrente da imigração ilegal. "Não podemos mais aceitar esse tipo de imigração. Acredito que apenas os imigrantes legais têm de receber suporte da comunidade", disse Giuliani durante debate na semana passada.
Outro problema que parece não ter solução a curto prazo é a falta de lugares em escolas públicas nas regiões mais pobres e bairros afastados, principal ponto da campanha da democrata Ruth Messinger. (CLÁUDIA PIRES)


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