São Paulo, sexta-feira, 12 de outubro de 2007

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Marines fazem pressão para sair do Iraque e ir para o Afeganistão

Plano, sob análise, otimizaria operações militares dos EUA nos dois países

DA REDAÇÃO

O comando dos marines -o corpo de Fuzileiros Navais dos EUA- pressiona o governo para que suas forças deixem o Iraque e sejam alocadas no Afeganistão, informou ontem o "New York Times". Segundo o jornal, a proposta foi levantada em reunião realizada na semana passada entre o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, os membros do Estado-Maior das Forças Armadas e comandantes militares americanos.
O objetivo do remanejamento, que, segundo o "Times", ainda está sob análise, seria permitir aos marines e ao Exército operarem com mais eficácia nas duas guerras em que estão envolvidos. Com a saída dos marines do Iraque, caberia ao Exército um papel maior naquele país; ao passo que os Fuzileiros Navais seriam a principal força americana presente no Afeganistão, onde a ação hoje está sob o comando da Otan (aliança militar ocidental).
Atualmente, os marines são cerca de 25 mil dos 160 mil militares dos EUA alocados no Iraque; já entre os 26 mil soldados dos EUA no Afeganistão não há nenhum grande destacamento dessa Arma.
"Eu não vi nenhum plano; ninguém veio a mim com nenhuma proposta desse tipo", disse o secretário Gates ontem, em Londres.
Segundo o "Times", o Pentágono se recusou a comentar a notícia. O jornal diz ainda que a proposta dos marines indica que uma retirada total não acontecerá nos próximos anos.
Os marines são uma força de combate criada para lutar em conjunto com outras forças -eles são levados pelo mar em navios da Marinha e, no Iraque, mesclam-se aos soldados do Exército.

Consentimento
Além de comentar o caso dos marines, Gates falou em Londres sobre os planos de retirada das tropas britânicas do Iraque.
Anunciada há quatro dias pelo premiê do Reino Unido, Gordon Brown, a meta consiste na retirada de metade dos 5.000 militares britânicos no país do Oriente Médio, onde eles são a segunda força após os EUA, até meados do ano que vem. Brown deixou em aberto a possibilidade de levar para casa os soldados restantes até o fim de 2008.
Segundo Gates, a decisão dos britânicos teve consentimento total dos EUA, e o Reino Unido permanece sendo "o mais próximo aliado da América".


Com agências internacionais e "New York Times"


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