São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2006

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Licença sairá ainda neste mês, diz estatal

DO ENVIADO A ORELLANA

O gerente-geral da Petrobras Energia Equador, Luis Augusto da Fonseca, diz que o o novo projeto para a exploração do Bloco 31 atende a todas as exigências ambientais feitas pelo governo equatoriano e prevê que a licença ambiental saia ainda antes do segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o próximo dia 26.
Fonseca disse que, ao deixar de construir a estrada e a central de processamento dentro do parque, a Petrobras adotou "uma concepção "offshore", como se o parque Yasuní fosse um mar".
"Dentro do parque, só existirão as duas plataformas com os poços produtores. As linhas de fluxo, cabos e fibra ótica vão ser enterrados e conectados com a planta, que ficará fora do parque. O acesso aos poços será por helicóptero quando for necessário fazer a manutenção."
De acordo com Fonseca, a expectativa é que os trabalhos sejam reiniciados em janeiro e que o bloco entre em operação depois de 18 meses.
Questionado sobre a longa tradição de desastres ambientais envolvendo petroleiras no Equador, o representante da Petrobras disse que o bloco 31 "vai estabelecer um novo padrão. Não existe um projeto tão sofisticado no Equador. E dentro dos padrões da Petrobras, possivelmente é o número um ou o número dois".
Sobre a água contaminada, Fonseca disse que será totalmente reinjetada, sem risco ambiental.
Atualmente, a Petrobras é a terceira maior empresa petrolífera em operação no Equador, atrás da estatal Petroecuador e da espanhola Repsol, por causa da exploração de seu outro bloco, o 18, onde extrai, em média 32 mil barris/dia.
A empresa emprega cerca de 365 pessoas no país, entre empregos diretos e indiretos. Com o Bloco 31 em operação, esse número subirá em 20%. (FM)


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