DA ASSOCIATED PRESS

O Congresso de Honduras recebeu a primeira resposta de quatro consultas solicitadas antes de decidir sobre a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya.
A resposta entregue anteontem foi a do comissário hondurenho para os Direitos Humanos, Ramón Custodio. Segundo o secretário do Legislativo, deputado Carlos Lara, o informe "resume todas as denúncias de violações de direitos humanos durante a Presidência de Zelaya". Mas, agregou, sem dar detalhes, que "não há opiniões contra ou a favor" sobre o deposto no relato.
O Congresso espera relatórios também do Ministério Público, da Procuradoria-Geral e da Corte Suprema, para decidir em plenário sobre a volta de Zelaya. Não há data-limite para a decisão.
Ontem, o enviado dos EUA a Honduras, Craig Kelly, concluiu sua visita ao país após reuniões separadas com Zelaya, na embaixada brasileira, e com o líder interino Roberto Micheletti, sem no entanto obter sinais de distensão de ambos -Zelaya declarou o acordo rompido na semana passada, após formação de governo de unidade sem representantes seus.
Kelly disse que houve "avanços" no diálogo e defendeu as eleições presidenciais de 29 de novembro como saída para a crise -posição que tem sido aventada pelos EUA, à revelia da maior parte dos Estados da OEA (Organização dos Estados Americanos), que sustenta que o pleito só terá legitimidade se Zelaya for restituído.


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