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OUTRO LADO
Governo diz que dá assistência a comunidades
FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS
O governo da Venezuela
diz estar atento às mortes em
ao menos três aldeias ianomâmi no sul do país.
"Vamos continuar a vigilância e a assistência. Temos
mais horas de voo disponíveis [para o uso de helicópteros e aviões das Forças Armadas] para chegar às comunidades", disse à Folha Miguel
Millán, diretor de Saúde para
o Estado do Amazonas.
Millán diz que as horas de
voo à disposição das equipes
de saúde -seis ao todo- são
adequadas para enfrentar o
problema.
"Esse é o plano que temos
com base na informação que
temos. Se contatarmos mais
comunidades, isso pode mudar. Vamos revisando."
Ele admite, porém, que há
restrições para o uso de helicópteros.
Millán afirma que o governo trabalha com um número
estimado de 17 mortos em
três aldeias ianomâmis, desde agosto último: uma criança que morreu durante a visita da primeira equipe de saúde, em outubro, e 16 óbitos
contabilizados com base em
depoimentos dos indígenas e
análise de antropólogos e
médicos.
Com respeito à cifra de 51
mortos, o funcionário venezuelano lança algumas hipóteses. Na visão dele, pode ter
ocorrido contabilização duplicada da mesma morte.
Aponta ainda a interdição
tradicional dos ianomâmis
para falar sobre mortos e a
noção de tempo da etnia, distinta da ocidental, como possíveis fatores de distorção.
A Folha buscou contato
com o Ministério para os Povos Indígenas desde anteontem, mas não teve resposta.
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