São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2007

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EXPLOSÃO EM ATENAS

Grupo grego de esquerda ataca embaixada dos EUA

DA REDAÇÃO

A Embaixada dos EUA em Atenas, na Grécia, foi atingida na madrugada de ontem por uma bomba-foguete, que explodiu algumas janelas do imóvel. Foi o ataque mais sério contra a missão nos últimos dez anos, mas ninguém ficou ferido. O grupo grego Luta Revolucionária, de extrema esquerda, reivindicou a autoria do atentado.
O grupo, que surgiu em 2003, ganhou destaque internacional ao atacar uma delegacia de Atenas a cem dias das Olimpíadas de 2004. Desde então, promoveu ao menos mais cinco atentados envolvendo bombas.
Vyron Polydoras, ministro da Ordem Pública, condenou o ataque e informou que está examinando a autenticidade das ligações anônimas recebidas por uma companhia privada de segurança. As ligações atribuíram os atentados ao Luta Revolucionária.
"É uma tentativa de prejudicar as relações entre os países", disse.
Segundo um porta-voz, Washington acredita que tenha sido "um incidente isolado". Apesar disso, os EUA investigam a possibilidade de uma rede internacional estar ligada ao atentado. Até o momento, nenhuma evidência foi encontrada.
O Luta Revolucionária é o grupo extremista mais ativo da Grécia depois do 17 de Novembro -que foi desmantelado em 2002, após promover atentados durante quase três décadas, inclusive contra a Embaixada dos EUA, em 1996, e ser acusado de matar 23 pessoas.
Desde que os EUA apoiaram a ditadura militar (1967-1974) no país, parte da população grega nutre um forte sentimento antiamericano.


Com agências internacionais


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