São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Missas lembrando Zilda Arns reúnem quase 1.000 em SC e SP

GRACILIANO ROCHA
ENVIADO ESPECIAL A FORQUILHINHA
ALINE PELLEGRINI
DE SÃO PAULO

Cerca de 600 pessoas participaram de uma celebração religiosa que marcou ontem o primeiro aniversário da morte da médica Zilda Arns, em Forquilhinha (SC), terra natal dela.
A cerimônia, que durou mais de uma hora, relembrou a trajetória da fundadora da Pastoral da Criança, que morreu no terremoto do Haiti, há um ano.
Ao som de órgão e das vozes de um coral, uma grande imagem da médica foi levada ao altar da Igreja Matriz por duas netas e por um dos filhos da homenageada.
Boa parte do público era composto de mulheres que fazem trabalho voluntário na Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa, também fundada por Arns. Elas estavam uniformizadas com camisetas com a imagem da médica.
"Zilda cultivava uma vida de entregas e encontrou força para dar ao outro uma vida mais digna, mais humana", disse frei Carlos Körbber, um dos três párocos que fizeram o serviço religioso.
Mais cedo, a Prefeitura de Forquilhinha inaugurou quatro painéis com a imagem da médica e com frases dela. As placas foram instaladas nas três saídas da cidade e ao lado da sede da Pastoral da Criança, no centro.
O vice-governador do Paraná, Flávio Arns (PSDB), participou das homenagens e lembrou aspectos do comportamento privado da tia.
"Ela sempre terminava suas palestras dizendo: fé e pé na tábua. Fé para não desanimar diante das dificuldades e pé na tábua, uma característica do profundo senso prático que tinha", declarou.
Forquilhinha é uma cidade movida pela agroindústria e pela mineração. Com desemprego praticamente nulo, o município possui indicadores mais altos que a média nacional em renda e desenvolvimento humano.
Nela, agentes da Pastoral da Criança têm mais trabalho para controlar a obesidade infantil do que a desnutrição que inspirou o surgimento da entidade nos anos 80.

SÃO PAULO
Na Catedral da Sé, em São Paulo, cerca de 350 pessoas participaram ontem de missa em memória da médica.
A missa, rezada pelo arcebispo dom Odilo Scherer, lembrou outras vítimas do terremoto e pediu pela "recompensa" de Zilda e pela continuação da Pastoral da Criança, fundada por ela.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), disse na missa que fará uma reunião no Senado para saber "quais ações o governo brasileiro pode realizar" pelo Haiti.


Texto Anterior: Nelson Jobim critica falhas de ricos com país
Próximo Texto: Aos 7, filha de militar não tem festa de aniversário
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.