São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 2006

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AFEGANISTÃO

Ex-presidente acusa Paquistão; bomba mata quatro soldados dos EUA

Ataque a ex-líder afegão mata quatro

Ahmad Masood/Reuters
Policiais afegãos se reúnem diante de vítima do atentado ao ex-presidente Mojaddedi em Cabul


DA REDAÇÃO

Um atentado com carro-bomba em Cabul que visou ontem o ex-presidente afegão Sibghatullah Mojaddedi matou pelo menos quatro pessoas e feriu levemente o ex-líder. Ele acusou o Paquistão.
Mojaddedi, que é presidente do Senado e lidera uma comissão para incentivar que militantes deixem o movimento Taleban, estava sendo conduzido em uma estrada movimentada quando um veículo carregado de explosivos explodiu perto do seu carro.
O ex-presidente apareceu em uma coletiva de imprensa com curativos nas mãos e culpou o Serviço de Inteligência do Paquistão (ISI) pelo atentado.
"Nós recebemos informação da inteligência, por seis fontes, de que algumas pessoas entraram no Afeganistão para me matar de qualquer maneira. Nosso maior inimigo hoje é o ISI", disse, acrescentando que a rede estaria por trás de todos os ataques realizados pelo Taleban e por outros grupos no Afeganistão.
O presidente afegão, Hamid Karzai, disse que o ataque será investigado. "Nós vamos revelar a investigação e, então, falaremos sobre o assunto."
No Paquistão, o ministério das Relações Exteriores rejeitou a acusação. "Nós condenamos esse tipo de ataque e a perda de vidas inocentes onde quer que aconteça", disse uma porta-voz. "Essas são alegações sem base, e nós as rejeitamos completamente."

Soldados mortos
Um outro ataque a bomba matou quatro soldados americanos que patrulhavam uma estrada em um veículo blindado na Província de Kunar, leste do Afeganistão, perto da fronteira do Paquistão.
O governador da Província, Asadulá Wafa, informou que a bomba foi ativada por controle remoto e culpou os "inimigos do Afeganistão" pelo atentado, fazendo referência ao Taleban.

Com agências internacionais


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